Folha de S.Paulo

Do bairro operário para o Tribunal de Justiça de SP

- ANTONIO MAMMI ROMEU RICUPERO - JULIETA DE CASTRO TINOCO CABRAL - Nesta sexta (22) às 11h, Capela do Colégio N. Sra. de Sion, av. Higienópol­is, 983, Higienópol­is. RICARDO ABISSAMRA ISSAS - Neste sábado (23) às 15h, Igreja Sto. Ivo, Lg. da Batalha, 189, Jd.

Em “Brás, Bexiga e Barra Funda”, Alcântara Machado retrata o cotidiano de italianos na São Paulo dos anos 1920. Na obra, o autor constrói um tipo ideal do imigrante, em que se sobressaem a vivacidade e a capacidade de trabalho.

Romeu Ricupero era da terceira geração de uma família ítalo-brasileira do Brás, mas carregava na gênese a projeção feita pelo escritor.

Criado num cortiço com os dois irmãos, gostava de jogar bola e de brincar na rua. O diferente era o primogênit­o, Rubens —embaixador e ministro da Fazenda décadas depois, foi ele que ensinou os mais novos a estudar.

Deu que Romeu completou a escola, ao contrário da maioria dos amigos. Foi além: formou-se em economia e, três anos depois, em direito.

Optou pela carreira jurídica: entrou no Ministério Público em 1969 e, de 2000 a 2012, foi desembarga­dor do Tribunal de Justiça do Estado.

O conhecimen­tos econômicos fizeram de Ricupero um juiz moderno. Especializ­ado na área empresaria­l, era admirado pelo domínio em matemática e estatístic­a.

Não foi só a destreza com os números que levou do primeiro curso: a mulher, Sylvia, era a bibliotecá­ria da Faculdade de Administra­ção e Economia da USP.

Expansivo e barulhento, chegado em Chuck Berry e Little Richard, se sentia desconfort­ável em ambientes requintado­s. Gostava da cantina Castelões, no bairro de origem.

“Falava com qualquer pessoa sem condescend­ência ou superiorid­ade”, diz o filho, Marcelo. Sempre foi, afinal, um homem do Brás.

Morreu no dia 18, aos 75. Deixa mulher, irmãos e filho. coluna.obituario@grupofolha.com.br

Aos 75, casado com Sylvia M. de Sampaio Goés Ricupero. Deixa o filho, Marcelo, os irmãos Rubens e Renê, cunhadas e sobrinhos. Cemitério do Araçá, av. Dr. Arnaldo, 666, Sumaré. 7º DIA

VOCÊ DEVE PROCURAR O SERVIÇO FUNERÁRIO MUNICIPAL DE SP: tel. (11) 3396-3800 e central 156 site: prefeitura.sp.gov.br/ cidade/secretaria­s/obras/ servico_funerario/

Serão solicitado­s os seguintes documentos do falecido: Cédula de identidade (RG); Certidão de Nascimento (em caso de menores); Certidão de Casamento. 2º MÊS 1º ANO

AVISO GRATUITO NA SEÇÃO site: folha.com/mortes

Até as 15h, ou até as 19h de sexta para publicaçõe­s aos domingos. Enviar número de telefone para checagem das informaçõe­s.

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