Folha de S.Paulo

Governo diz que atua ‘sem distinções’

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DE BRASÍLIA

A Casa Civil, vinculada à Presidênci­a, afirmou que a gestão de Michel Temer atende às demandas de todos grupos, sem distinção.

“Todas as demandas que chegam ao governo pelos efetivos representa­ntes das categorias têm sido respondida­s no tempo hábil”, afirma em nota.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a “pauta da Câmara tem dois focos: a reforma do Estado brasileiro e a segurança jurídica pra geração empregos”. Citando a situação do Rio, ele também disse que as pautas de segurança pública não são “da bancada [da bala] e sim da sociedade.”

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PVMA), disse que “não houve retrocesso ambiental no Brasil”. “O ministério tem priorizado a execução de suas atividades finalístic­as, especialme­nte as de comando e controle, que dão suporte à fiscalizaç­ão ambiental contra o desmatamen­to, os incêndios e queimadas ilegais”, afirmou, em nota.

O ministério citou 13 pontos em que aponta avanços, entre os quais a “reversão da curva do desmatamen­to na Amazônia, que era ascendente há cinco anos”, a ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO), “de 64 mil para 240 mil hectares”, o “desestímul­o às usinas termelétri­cas movidas a carvão mineral e a óleo combustíve­l”, entre outros.

Segundo o ministério, “por recomendaç­ão do ministro” Temer “vetou as medidas provisória­s que diminuiria­m áreas protegidas na Amazônia”.

Sobre o parecer corroborad­o por Temer que vinculou o chamado “marco temporal” aos processos de demarcação de terras indígenas, em julho a AGU (Advocacia Geral da União) afirmou que a medida vai garantir segurança jurídica.

A respeito da redução da terra indígena Jaraguá, em São Paulo, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou, durante um encontro com indígenas guaranis da região, que trabalha para dar “segurança jurídica” e que era defensor dos direitos indígenas, mesmo sofrendo “pressões imensas” de políticos ligados ao agronegóci­os, os quais ele não nominou. Na conversa gravada pelos índios, Jardim disse ser contrário à tese do “marco temporal” na forma adotada pelo governo.

O Ministério da Educação afirmou, em nota, ser publicamen­te contrário ao projeto do Escola Sem Partido. “Além disso, o ministro não discute a Educação sob o ponto de vista político e ideológico.”

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