Coreia do Norte ameaça atacar EUA com míssil
Diante de insultos de Trump a Kim, chanceler diz que ataque é “inevitável”
O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, disse neste sábado (23) ser “inevitável” que seu país lance mísseis na parte continental dos EUA depois que o presidente americano, Donald Trump, chamou o líder norte-coreano de “homem foguete”.
Em discurso na Assembleia Geral da ONU, Ri manteve a escalada retórica entre EUA e Coreia do Norte por causa do programa nuclear de Pyongyang. Trump havia chamado Kim Jong Un de “louco” na sexta-feira (22), um dia depois de Kim ter dito que o presidente americano “tem problemas mentais”.
Ri disse que Trump é “uma pessoa com problemas mentais, cheia de megalomania e complacência” que está tentando transformar as Nações Unidas em um “ninho de gângsteres”.
O chanceler norte-coreano discursou algumas horas depois de bombardeiros B-1B Lancer da Força Aérea dos EUA, escoltados por jatos de combate, voarem no espaço aéreo internacional sobre as águas a leste da Coreia do Norte. Segundo o Pentágono, o objetivo era mostrar a variedade de opções militares disponíveis para o presidente Trump.
“Este é a posição mais ao norte da Zona Desmilitarizada (DMZ) que qualquer bombardeiro dos EUA sobrevoou perto da costa da Coreia do Norte no século 21, ressaltando a seriedade com que tomamos o comportamento imprudente do país”, disse a porta-voz do Pentágono, Dana White.
A Coreia do Norte lançou dezenas de mísseis este ano, muitos sobrevoaram o Japão, e tem como objetivo desenvolver um míssil nuclear que atinja a parte continental dos EUA.
O maior teste nuclear de Pyongyang foi no dia 3 de setembro, e o regime ameaça testar uma bomba de hidrogênio oceano Pacífico.