Comprar criptomoedas requer cuidado e sangue frio de investidor
Poupador precisa ter dinheiro em ativos de menor risco antes de apostar em moedas digitais
Altos retornos são acompanhados de forte oscilação, e falta de garantias devem ser consideradas
o risco de a moeda digital ser usada em atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro ou pagamentos relacionados a tráfico de drogas e armas, uma das principais críticas às criptomoedas ao redor do mundo.
A falta de proteção ao pequeno investidor é questionada por especialistas.
“Não é regulado e não tem nenhuma instituição financeira grande ou FGC (Fundo Garantidor de Créditos) por trás. É de extremo risco”, afirma João Paulo Oliveira, analista-chefe de moedas criptografadas da XP Investimentos. Maior corretora do país, a XP diz ainda estar começando a olhar para esse mercado. campanha repressiva do governo chinês contra criptomoedas.
Esse mercado depende da China: o país responde por cerca de 23% das operações com bitcoins e 70% da capacidade de geração de criptomoedas.
No Brasil, moedas digitais não têm regulação. Na Câmara, uma comissão especial analisa um projeto de lei de 2015 do deputado Aureo (SD-RJ), que pede a inclusão das moedas virtuais nos “arranjos de pagamento” supervisionados pelo BC, assim como o ecossistema de cartões de crédito.
Uma das preocupações citadas pelo deputado é que as moedas digitais sejam usadas em atividades ilícitas, por causa do anonimato dos usuários.
Em julho deste ano, o russo Alexander Vinnik foi preso acusado de lavar com bitcoins mais de US$ 4 bilhões associados a ataques hackers e tráfico de drogas. Na Bolívia e no Equador, transações com a moeda foram proibidas. (DB)