Toyota investe R$ 1,6 bi e aposta em novo modelo
Montadora japonesa vai produzir o compacto Yaris no interior de São Paulo
Vendas de carros vêm crescendo neste ano, e empresas do setor, como a Volks, têm elevado investimento FOLHA
A Toyota anunciou nesta segunda-feira (25) um investimento de R$ 1,6 bilhão em suas fábricas de Sorocaba e de Porto Feliz, no interior de São Paulo. As unidades serão preparadas para a produção de um novo modelo, o compacto Yaris.
O carro será lançado no segundo semestre de 2018 e terá como concorrentes, entre outros, o novo Volkswagen Polo e o Honda Fit.
A fábrica de Sorocaba (a 99 km de São Paulo), onde hoje são feitos os compactos Etios, receberá R$ 1 bilhão. Serão instalados equipamentos e ferramentais para a montagem do Yaris.
Dedicada à produção de motores, a unidade de Porto Feliz (a 118 km de São Paulo) receberá R$ 600 milhões para aumentar sua capacidade de 108 mil para 174 mil unidades por ano a partir do segundo semestre de 2019.
De acordo com a Toyota, o investimento vai gerar cerca de 500 novos postos de trabalho diretos e indiretos na região em que as fábricas estão localizadas.
Carro global da Toyota, o Yaris chegará ao Brasil primeiro em versão hatch, mas a opção sedã será lançada em seguida. A empresa deve oferecer o novo modelo com opções de motorização 1.5 e 1.8, ambas flex, que hoje equipam os modelos Etios e Corolla, respectivamente.
A montadora japonesa investiu R$ 4,2 bilhões no país desde 2012 e agora confirma sua aposta na retomada do mercado interno.
No acumulado de janeiro a agosto de 2017, as vendas cresceram 5,3% em relação a igual período de 2016, de acordo com dados da Anfavea (associação nacional das montadoras).
No início deste mês, a associação afirmou que prevê que os licenciamentos chegarão a 2,2 milhões de unidades no ano, o que representa uma alta de 7,3% sobre 2016. A estimativa anterior indicava elevação de 4%.
No ano passado, a produção nacional de veículos caiu 11,2% ante 2015 e voltou ao patamar obtido em 2004. MOVIMENTAÇÃO Com a retomada das vendas, diversas empresas do setor têm se movimentado.
Na semana passada, a sulcoreana Ssangyong disse que vai retornar (pela terceira vez) ao mercado brasileiro.
A nova fase da operação está sob o controle do grupo JLJ, por meio da Venko Motors. O contrato de parceria estabelecido com a fabricante vale por dez anos.
Segundo o governo do Rio, a Man confirmou investimento de R$ 1 bilhão para a sua fábrica em Resende, no interior fluminense.
Em agosto, foi a vez de a Volkswagen anunciar investimento de R$ 2,6 bilhões na fábrica de Anchieta, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).
O valor será utilizado na modernização das linhas de montagem, onde começa a ser produzido o hatch compacto Polo. No primeiro trimestre de 2018, será iniciada a produção do sedã Virtus.
Também no mês passado, a General Motors anunciou que vai investir R$ 4,5 bilhões nas suas unidades em São Caetano do Sul (Grande São Paulo), Joinville (Santa Catarina) e Gravataí (região metropolitana de Porto Alegre).
Os valores fazem parte dos R$ 13 bilhões em investimentos planejados até 2020 pela multinacional no país, que já foram anunciados em 2014.
A francesa Renault, por sua vez, disse que vai injetar R$ 750 milhões na ampliação da fábrica de motores e na construção de uma nova unidade no complexo de São José dos Pinhais (PR).
As empresas estão encerrando os programas de proteção ao emprego e chamando os funcionários de volta às linhas de produção. Houve 1.100 contratações entre julho e agosto, mas ainda há cerca de 6.000 trabalhadores afastados.
DO “FINANCIAL TIMES”
Após a Uber perder sua licença para operar em Londres, o novo presidente-executivo da companhia, Dara Khosrowshahi, adotou um tom conciliador e prometeu melhorar a operação.
A Transport for London (TfL), a organização que regulamenta os serviços de transporte londrinos, revogou a licença da Uber, na sexta-feira (22), em parte por causa de seu histórico de segurança, afirmando que a companhia não havia reportado devidamente “sérias ofensas criminais”
A agência questionou ainda a maneira pela qual a companhia americana conduz as verificações de antecedentes de seus motoristas.
“Em nome de todo mundo na Uber mundial, peço desculpas pelos erros que cometemos”, disse Khosrowshahi.
“Recorreremos da decisão em nome de milhões de londrinos, mas o fazemos sabedores de que também precisamos mudar. Como novo presidente-executivo, é minha função ajudar a Uber a escrever seu próximo capítulo.”
Sadiq Khan, prefeito de Londres e presidente da TfL, recebeu positivamente o pedido de desculpas de Khosrowshahi, afirmando estar “satisfeito por ele reconhecer as questões que a Uber enfrenta em Londres”.
“Ainda que haja um processo judicial em curso, solicitei que os integrantes da TfL se coloquem à disposição dele para reuniões”, acrescentou Khan.
Khosrowshahi, que assumiu o comando há algumas semanas, tem uma lista de questões urgentes a enfrentar, que variam da repressão