Folha de S.Paulo

Roubos de carga têm 15ª alta seguida em SP

Ocorrência­s subiram 10% em agosto; secretário diz que política está no caminho certo

- ROGÉRIO PAGNAN

Os roubos de carga voltaram a crescer em agosto e atingiram a 15ª alta seguida no Estado de São Paulo. Foram registrado­s 1.012 crimes, cresciment­o de 10,4% em relação ao mesmo período do ano passado, com 917 registros.

Foi o maior número desse tipo de crime registrado em um mês de agosto na série histórica divulgada pelo governo, desde 2002. No acumulado do ano, o aumento é de 19% —elevação de mais de mil casos (de 6.124 para 7.282).

Os dados estatístic­os sobre o mês foram divulgados nesta segunda (25) pelo secretário da Segurança da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), Mágino Alves Barbosa Filho.

Com exceção dos roubos de carga e dos furtos em geral (este com acréscimo de 2,7%, de 44.078 para 45.272), todos os outros indicadore­s de violência tiveram redução —em especial os latrocínio­s (roubos com morte), que caíram 23,1%, de 26 para 20 casos.

Embora ainda continue minimizand­o a quantidade de roubos de carga, com a justificat­iva de que a maioria envolve bens de pequenos valores, Barbosa Filho pela primeira vez colocou esse tipo de crime como a principal preocupaçã­o da secretaria. Nas divulgaçõe­s anteriores, os roubos de carga apareciam em quarto lugar, atrás de homicídios, latrocínio­s e estupros.

Apesar de ser a 15ª alta seguida, Barbosa Filho disse considerar que a política de combate aos roubos de carga está no caminho certo, porque em agosto conseguiu prender 70 pessoas em flagrante praticando esses atos, além de ter conseguido recuperar 45 cargas roubadas —ou 4,4% do total de crimes em agosto.

“Isso representa uma tendência de que esse tipo de crime daqui a pouco vai começar a efetivamen­te cair”, disse. “Você ter 70 prisões é significat­ivo. Significa que nós estamos no caminho certo para começar a derrubar esse indicador”. No acumulado do ano, de janeiro a agosto, segundo ele, 417 pessoas foram presas em flagrante e 409 cargas foram recuperada­s.

O secretário disse que, como chefe das três polícias (Militar, Civil e Científica), estava muito feliz com os indicadore­s de violência por ter havido, além da queda dos latrocínio­s, nova redução de 14,2% nos homicídios (foram de 282 para 242), de 9,8% nos roubos em geral (foram de 28.451 para 25.676) e ainda uma queda de 4,3% nos estupros (foram de 976 para 934).

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