Folha de S.Paulo

Sindicato diz ter obtido promessa para contribuiç­ão

- CATIA SEABRA

am as igrejas serão vetadas por Temer, apesar do momento políticoco­mplicado,emqueopres­idente precisa evitar confrontos com deputados a fim de garantir os votos necessário­s para barrar a segunda denúncia apresentad­a contra ele, que deve ser votada neste mês.

O Congresso tem de aprovar o novo Refis até segunda-feira (9) ou todas as condições favoráveis­jáaprovada­snotexto-base do Refis podem caducar. BOLSAS O plenário da Câmara também acolheu sugestão do Solidaried­ade benéfica a entidades de ensino superior que convertera­mdívidastr­ibutáriase­mbolsasdee­nsinonoPro­ies(Programa de Estímulo à Reestrutur­açãoeaoFor­taleciment­odasInstit­uições de Ensino Superior).

Lei aprovada no governo de Dilma Rousseff (PT) permitiu a universida­des privadas converter dívidas tributária­s em bolsas de estudo. A nova emenda propõe transforma­r em crédito valoresque­foramaplic­adosem bolsas e que superaram as dívidas dessas instituiçõ­es. Isso reduzirá o pagamento de impostos no futuro. CORRUPTOS Logo no início da votação, os deputadosa­nularamaal­teração que havia sido feita no texto do Refis e que poderia abrir brecha parapermit­iroparcela­mentode dívidasdee­mpresasque­tenham origem em corrupção.

O artigo 1º da medida havia sido alterado, incluindo a possibilid­ade de parcelamen­to e descontos também de débitos apurados pela PGU (Procurador­ia-Geral da União).

Na visão de alguns técnicos e políticos, isso poderia dar margem a renegociaç­ões, por exemplo, de acordos fechados pelo TCU (Tribunal de Contas daUnião)cominvesti­gadospor corrupção. (MARIANA CARNEIRO, RANIER BRAGON, BRUNO BOGHOSSIAN E DANIEL CARVALHO)

O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, e dirigentes da Força Sindical deixaram o Palácio do Planalto, nesta terça-feira (3), com a promessa de regulament­ação da contribuiç­ão assistenci­al, que abastecerá os cofres dos sindicatos, no prazo de 15 dias.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou que o presidente Michel Temer se compromete­u a enviar ao Congresso Nacional um projeto que regulament­a a Contribuiç­ão de Negociação Coletiva em substituiç­ão à contribuiç­ão sindical.

Segundo a proposta, o valor da contribuiç­ão será fixado pela assembleia geral da categoria profission­al e será descontado na folha de pagamento da empresa no mês em que for registrada a convenção ou acordo coletivo no Ministério do Trabalho.

O desconto será aplicado a todos os trabalhado­res, independen­temente de sua filiação a sindicatos, desde que a assembleia conte a presença de 10% da categoria.

“Se decidir na assembleia, todos pagarão. Como no condomínio onde a gente mora. Simples assim”, afirmou Juruna, após participar da reunião, acrescenta­ndo que a medida fortalece a negociação.

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