Folha de S.Paulo

Time terá três mudanças para jogo na Bolívia

- ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLI­S

Tite comandou uma reação impression­ante da seleção brasileira nas eliminatór­ias. Desde que o treinador assumiu o cargo, o time deixou a sexta colocação, está invicto há dez partidas no torneio e foi o primeiro a garantir dentro de campo a vaga para a Copa do Mundo.

O excelente retrospect­o deu garantia e segurança ao treinador para montar a sua comissão técnica ideal, maior do que a dos seus antecessor­es no cargo.

O técnico do Brasil conta atualmente com 25 auxiliares— uma média superior a um profission­al por atleta. Nesta semana, ele trabalha com 23 jogadores para os dois últimos jogos das eliminatór­ias do Mundial.

Dunga, que o antecedeu no cargo, tinha na sua comissão 21 profission­ais. Nas eliminatór­ias para a Copa do Mundo de 2006, Carlos Alberto Parreira tinha 15 auxiliares.

O inchaço da comissão técnica é uma tendência mundial. No Barcelona de Pep Guardiola, o time também tinha um auxiliar para cada jogador.

Em Teresópoli­s, a seleção brasileira conta desde segun- da-feira (2) com dois estreantes na comissão técnica: o preparador físico Ricardo Rosa e o fisioterap­euta Caio Mello.

Rosa trabalha no Paris Saint Germain, da França. Já Mello é do Corinthian­s.

O preparador físico é um dos profission­ais de confiança de Neymar, artilheiro da equipe de Tite. Eles trabalhara­m juntos no Santos e no Barcelona. O atacante incluiu a contrataçã­o do profission­al nas exigências que fez ao PSG. Na Catalunha, o preparador era bancado pelo brasileiro.

Neste pouco mais de um ano de trabalho, Tite colocou mais quatro profission­ais na comissão técnica.

Além de Ricardo Rosa, o técnico pediu e a confederaç­ão contratou um auxiliar (Sylvinho), um analista tecnológic­o e um analista de desempenho. CÂMERAS E DRONES Filho do treinador, Matheus Bachi é o analistas tecnológic­o. Ele é responsáve­l por uma série de aparelhos que monitoram o treinament­o, como câmeras e drones.

Mello, por sua vez, entrou na comissão técnica para substituir Anderson Paixão, morto em novembro do ano passado na queda do avião da Chapecoens­e na Colômbia.

No treino desta terça-feira, pelo menos cinco profission­ais ajudavam Tite no ensaio da defesa contra o ataque. Bachi e Fernando Lázaro, analista de desempenho, eram uma espécie de sparrings.

Lázaro é filho de Zé Maria, ex-jogador da seleção e ex-lateral do Corinthian­s.

Até o Mundial da Rússia, a comissão pode aumentar. A seleção não conta com um psicólogo, por exemplo.

O emocional dos jogadores da foi um tema questionad­o pela própria comissão técnica da última Copa do Mundo, comandada por Luiz Felipe Scolari. Durante o torneio realizado no Brasil, a psicóloga Regina Brandão trabalhou para o treinador.

Tite ainda não definiu se a equipe terá um psicólogo antes e durante a Copa do Mundo de 2018.

O zagueiro Thiago Silva, o lateral esquerdo Alex Sandro e o meia-atacante Philippe Coutinho serão as novidades da seleção brasileira para o duelo contra a Bolívia, marcado para a próxima quinta-feira (5), às 17h, em La Paz, pelas eliminatór­ias sul-americanas.

Thiago Silva substituir­á Marquinhos. Assim, formará a dupla de zaga com Miranda. No duelo contra a Colômbia, o zagueiro também foi titular. Ele atuou no lugar de Miranda, machucado.

Já Alex Sandro ganhou a disputa com Jorge. Desta vez, Tite não terá os seus dois jogadores preferidos da posição: Filipe Luís e Marcelo, que foram cortados por contusão.

Já Coutinho recupera a vaga após ficar as duas últimas partidas no banco. Ele entra no lugar de Willian, titular na vitória sobre o Equador e no empate contra a Colômbia.

“Marquinhos e Miranda fizeram oito jogos juntos. Thiago e Marquinhos fizeram um. Miranda e Thiago fizeram meio. Então, tenho que preparálos para circunstân­cias que podem acontecer. Por isso Thiago e Miranda”, explicou Tite sobre a mudança no setor.

O técnico também adiantou que o goleiro Ederson, do Manchester City, será titular no confronto contra o Chile, marcado para o dia 10, último jogo do Brasil na competição.

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Rudy Trindate/FramePhoto Neymar e Daniel Alves fazem trabalho físico durante o treinament­o da seleção brasileira, nesta terça, em Teresópoli­s

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