Folha de S.Paulo

Lembra o roubo da carga? Já descobri o que aconteceu.

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Ryan não sossega. Aluno da escola estadual Professor Laerte Panighel, no Jardim Gonzaga, bairro da zona leste de SP onde também mora, o garoto de 7 anos se revelou expressivo e esperto desde a primeira visita ao colégio.

Na entrevista, mais certo seria dizer que Ryan a conduziu tanto ou mais do que foi conduzido. Em duas oportunida­des, mudou de assunto.

Ryan de Oliveira Nepomuceno Caputo mora com a mãe, balconista. Ficou comovido ao receber a equipe da Folha para a entrevista. “Eu achava que eu tava sonhando. Eu pedi pra me beliscar.” Essa é uma interpreta­ção diferente. Sabe-se que o avião caiu por falta de combustíve­l... O que dizem é que botaram combustíve­l na medida certa e como ele precisou ficar voando esperando outros aviões pousarem, aí faltou e caiu.

Ah, isso é mentira. Porque eles acham que foi isso porque quando caiu o [avião] da Chapecoens­e explodiu, porque quando dispararam um tiro pode ter disparado no tanque de gasolina, fazendo com que a gasolina caísse na floresta. Sobre o que você quer falar? Qual roubo da carga? Eu queria entender por que eu tô querendo falar de esporte, e você muda. Por quê?

Porque eu gosto de falar sobre coisas que são interessan­tes, entendeu? Esse treco aí de roubo relâmpago tá acontecend­o mais no planeta do que o futebol.

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