Defesa de Temer compara Janot a um ‘pistoleiro’
Os advogados do presidente Michel Temer entregaram ontem à Câmara a defesa que rebate a segunda denúncia contra ele apresentada pela ProcuradoriaGeral da República ao STF.
O ex-procurador-geral Rodrigo Janot é comparado a um “pistoleiro” com conduta “imoral e indecente”. Antes de sair do cargo, Janot acusou Temer de chefiar organização criminosa e obstruir a Justiça na Lava Jato.
Sobre a primeira acusação, a defesa afirma que os crimes atribuídos ao grupo ainda estão em apuração e não foram provados.
A suspeita de obstrução está relacionada à suposta compra do silêncio de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, que estão presos. Segundo os advogados, Temer ouviu de Joesley Batista sobre os pagamentos, que já estariam sendo feitos. Assim, dizem, não poderia tê-los ordenado.
Para Eduardo Carnelós e Roberto Soares Garcia, o intuito foi criminalizar a política. “A obsessão de Janot, seu mal agir, foi antiético, imoral, indecente e ilegal.”
Após a entrega do documento, Carnelós afirmou que a denúncia é “tentativa de golpe” contra o presidente. Janot não se manifestou.
Comissão votará relatório sobre o prosseguimento da acusação. Depois, o texto vai para o plenário.