Grupo chinês faz proposta por linha do metrô de SP
Obra da ‘linha das universidade’ deve ser retomada em janeiro com novo contrato
A futura linha 6-laranja do metrô de São Paulo, conhecida como “linha das universidades”, ganhou nesta quarta-feira (4) uma nova previsão para a retomada de obras.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos do governo Geraldo Alckmin (PSDB) emitiu nota em que diz ter recebido uma proposta formal de um consórcio de empresas asiáticas para a aquisição integral da linha. O consórcio é formado por duas empreiteiras chinesas (China Railway Capital e China Railway First Group) e um grupo de investidores japoneses liderados pelo conglomerado Mitsui.
A linha 6, que ligará a Brasilândia (zona norte) à estação São Joaquim (centro) está com as obras paralisadas há um ano. O consórcio Move SP, responsável pela linha, tem entre suas integrantes três empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato (Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia), e a investigação dessas empresas inviabilizou a obtenção de financiamento para continuidade das obras, iniciadas em janeiro de 2015. Pelo contrato, a concessionária é a única responsável pela obtenção de financiamento.
Após a entrega da proposta do grupo asiático, ainda é necessária a apresentação de todos os documentos para a transferência, entre eles garantias de empréstimos de longo prazo do BNDES. O prazo para esse processo é de 90 dias, e o contrato deve ser assinado em seguida.
O secretário estadual dos transportes, Clodoaldo Pelissioni, espera que no início de 2018 as obras já possam ser retomadas. “O ritmo não tem sido o esperado por nós, mas com certeza foi uma solução melhor do que decretar caducidade [extinção] do contrato e fazer uma nova licitação para as obras”, disse.
As duas empresas chinesas são subsidiárias de um megagrupo de construções, o China Railway Group, que há três anos figura entre as 500 maiores fortunas mundo, segundo a revista “Fortune”. Em 2016, estava na posição 55. Majoritariamente estatal, a empresa tem participações de projetos em 90 países, além de projetos e construções na Antártica.