Folha de S.Paulo

Os superstici­osos não deixam de lembrar a coincidênc­ia que este momento guar-

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Argentina, Uruguai e Paraguai lançaram nesta quarta (4) candidatur­a conjunta para sediar o Mundial de 2030. Jamais uma Copa foi organizada por três nações. A única que teve sede dividida aconteceu em 2002 e foi realizada por Coréia do Sul e Japão. da com um infortúnio do passado. Na última vez em que a Argentina ficou fora de uma Copa, a de 1970, foi após empatar com o Peru, na Bombonera, nas eliminatór­ias, em 1969, ou seja, com o mesmo adversário e no mesmo estádio desta quinta.

Outras curiosidad­es perturbado­ras também rondam a partida. Em 1985, a Argentina conseguiu sua classifica­ção a duras penas.

O gol que a levou à Copa de 1986 foi de Ricardo Gareca, também contra o Peru. Mas, apesar de ter sido o herói daquelas eliminatór­ias, Gareca não foi convocado para o time que venceria o Mundial do ano seguinte, liderado por Diego Maradona.

Pois, adivinhe quem é o treinador da seleção do Peru hoje? Justamente Ricardo Gareca. Buscará uma vingança? Indagado pela imprensa argentina, Gareca respondeu que seus sentimento­s com relação à seleção de seu país não estarão em campo, e que encara o desafio de forma profission­al.

Outro que vem sendo questionad­o é o técnico argentino, Jorge Sampaoli. Ex-treinador da seleção do Chile, chegou a Buenos Aires quando a seleção já vinha em má situação, em julho.

Sampaoli também sofre certa rejeição por ter sido o técnico do Chile quando este venceu a Copa América de 2015, contra a Argentina. “Isso pesa quando ele traz um jogador novo que não se encaixa ou quando a equipe não sabe reagir diante de resultado ruim”, comenta Moores.

Já Messi anda com ares de contrariad­o. Após ter anunciado que deixaria a seleção em 2016, depois da derrota na Copa América Centenário, o craque do Barcelona voltou.

Está, porém, com a cara amarrada e voltou a ser criticado por não se mostrar “suficiente­mente argentino”, pelo fato de ter passado mais tempo de sua vida na Espanha. A “mufa” parece rondálo. De todo modo, é a melhor carta que os argentinos têm para chegar à Copa. NO ATAQUE A surpresa da seleção para enfrentar o Peru pode ser a escalação de Darío Benedetto, ídolo do Boca Juniors, para o ataque. Ele disputa vaga com Mauro Icardi, que não foi bem nas partidas anteriores das eliminatór­ias, contra Uruguai e Venezuela.

Benedetto seria mais uma cartada de Sampaoli para ganhar apoio da torcida do Boca, a maior do país, e pressionar ainda mais no Peru.

No estádio escolhido para o jogo, a torcida fica mais próxima dos jogadores do que no Monumental, casa do River Plate, onde geralmente atua a seleção argentina. NATV Argentina x Peru SporTV

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