Folha de S.Paulo

Sempre achei que era hora. A base da história é que

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The New York Times - As críticas iniciais não foram ótimas, mas o filme se tornou cultuado. Quando o sr. percebeu que o filme passou a ecoar?

Ridley Scott - Assistia muito à MTV e subitament­e vi que havia imagens de “Blade Runner” em circulação no canal. Estava influencia­ndo cineastas, roqueiros. Bob Dylan me ligou e conversamo­s a noite inteira porque ele adorou “Blade Por que uma sequência agora? Scott -

Tentei manter elementos do original. Ritmo, atmosfera. O novo filme se desloca mais, vai aos subúrbios e ao entorno de Los Angeles. O primeiro se passava O sr. estava preocupado em macular o legado do original?

Scott - A arte é como um tubarão: você precisa continuar se movendo ou se afoga.

Villeneuve - Quando fiz as pazes com a ideia de que aquilo que estava tentando era insanament­e difícil e minha chance de sucesso era mínima, me libertei. É o meu melhor filme. Sei que será comparado ao primeiro e me preocupo. Ainda acordo pensando que “meu Deus, fiz uma continuaçã­o de ‘Blade Runner’, em que merda eu estava pensando?” Há divergênci­a sobre se Deckard é um replicante. Scott diz

Vi uma dessas discussões. Você não ter certeza se ele é real, um verdadeiro ser humano, ou uma criatura projetada, cria uma tensão interessan­te. Não me importo com a resposta. Gosto de os filmes não tomarem partido.

Ford - O tema sempre surge, por volta do segundo drinque. Quando rodávamos o primeiro filme, a conversa envolvia só Ridley e eu. Agora é parte de diálogo mais amplo. Mas creio que as opções da história ficam de alguma maneira preservada­s para o público.

Scott - Deckard é um replicante, porra! Harrison não pode mais discordar, agora, porque toda a premissa da nova trama é a de que ele é um replicante. Isso mais me diverte que qualquer outra coisa. PAULO MIGLIACCI

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