Runner”. Percebi que o filme havia deixado sua marca.
Scott volta como produtorexecutivo. A direção coube a Denis Villeneuve (“Sicario” e “A Chegada”).
Em entrevistas separadas, Ford, Scott, Gosling e Villeneuve discutem o legado de “Blade Runner”, os motivos de retomar a história e a duradoura discussão sobre se o caçador de androides do filme de 1982 é ou não um replicante. O que “Blade Runner” significou para vocês, como fãs?
Ryan Gosling - Eu o vi aos 14 anos. Foi um dos primeiros filmes em que não ficava claro como eu deveria me sentir no final. Faz você questionar a ideia de heróis e vilões, do que significa ser humano.
Denis Villeneuve - O filme está ligado ao nascimento do meu amor pelo cinema. Nunca havíamos visto aquela combinação de filme noir e ficção científica. Foi a primeira vez que alguém tomou cuidado ao criar um futuro. Eles tentaram projetar os anos 1980 e pensar do ponto de vista sociológico, demográfico, tecnológico. a inteligência artificial está ganhando emoções. Isso pode se tornar muito perigoso porque um ser com inteligência artificial se rebelará em um instante assim que perceber que é superior ao seu mestre. Essa ideia é ainda mais relevante hoje do que em 1982?
Villeneuve - É a história clássica de um ser humano tentando fazer o papel de Deus, como a história de Frankenstein. É imemorial. São as mesmas questões, mas somos cada vez mais híbridos. Nossa relação com a memória, fé e comunicações evoluiu muito. O que diferencia o novo filme? Villeneuve - em 2019, e todo mundo sabe hoje que não existem carros voadores. Não havia um Steve Jobs, não havia celulares. Tivemos de criar um futuro para o primeiro “Blade Runner”. que sim, e Ford, o contrário. Villeneuve -