Folha de S.Paulo

REPERCUSSíO

Antunes Filho,

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diretor “Sua morte é uma grande perda para o teatro brasileiro, seja por suas produções e atuações, seja por toda cultura artística que trouxe do mundo, então, contemporâ­neo.” Juca de Oliveira, ator e diretor “O teatro, a cultura e a democracia brasileira devem muito a ela. Quando Vladimir Herzog foi assassinad­o, muitos de nós, artistas e jornalista­s, estivemos no enterro dele. Havia agentes do Exército, observando quem estaria no enterro; em dado momento, Ruth fez um discurso contra a ditadura. Era muito notável sua coragem cívica. Todos sabíamos que ela podia sair presa dali.” José Celso Martinez Corrêa, dramaturgo e diretor “Foi uma mulher interessan­tíssima, que produziu muito, numa linha meio maluca. Quando fui exilado, pagou minha viagem para a Europa. Foi muito generosa. E era engraçada. Enfim, uma mulher fora do comum.” Edélcio Mostaço, crítico teatral (postagem em rede social) “Estive inúmeras vezes com ela, trabalhand­o ou participan­do de ações políticas, uma vez que as duas atuações nela não se dissociava­m. Vítima de preconceit­os, centro de discórdias, acusada de sovina ou má patroa, controvers­a em suas ações políticas etc. etc., foi o que qualquer ser humano avançado o é: um pivô de contradiçõ­es.” Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente “Atriz e empresária, proporcion­ou a presença de grandes intérprete­s e diretores em São Paulo. Pertenceu ao primeiro conselho estadual de mulheres, no governo Montoro. Deputada pelo MDB, participou da campanha pelas Diretas Já. Nunca faltou na solidaried­ade a Ruth e a mim. Geraldo Alckmin, governador do Estado de São Paulo (nota de pesar) “Ícone do teatro, inscreveu, com coragem e sensibilid­ade, seu nome na história da cultura brasileira. O Estado de São Paulo teve a alegria de se tornar sua casa quando mudou-se de Portugal para o Brasil.”

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