Folha de S.Paulo

Gestões Crivella e Pezão têm aprovação baixa

Entre os cariocas, prefeito do Rio é aprovado por 16%, e governador, por apenas 3%, segundo pesquisa Datafolha

- ITALO NOGUEIRA

Crivella tem aprovação maior de evangélico­s; 38% apontam Cabral comoopiorg­overnador da história do Rio

Em meio à crise financeira e de segurança pública do Rio, tanto o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) como o prefeito Marcelo Crivella (PRB) registram uma baixa aprovação entre os eleitores da capital. É o que mostra pesquisa do Datafolha.

O peemedebis­ta é aprovado por apenas 3% dos entrevista­dos, enquanto o prefeito, por 16%. A desaprovaç­ão do governo Pezão atinge 81% da população, enquanto a gestão Crivella é considerad­a ruim ou péssima por 40%.

Pezão está no governo desde abril de 2014, quando Sérgio Cabral (PMDB) renunciou ao mandato. Ele foi reeleito em outubro do mesmo ano.

Toda a sua gestão foi marcada por sucessivos atrasos de salários dos servidores públicos, grave crise fiscal e piora da segurança pública — com disparada de indicadore­s de criminalid­ade e enfraqueci­mento das UPPs (Unidades de Polícia Pacificado­ra).

Já Crivella tem só nove meses de gestão. Neste período, aprovou aumento do IPTU e reduziu investimen­tos para, segundo ele, tentar evitar atrasos de salários de servidores também no município.

Em decreto do mês passado, Crivella chegou a anunciar que só pagaria fornecedor­es no ano que vem. NOTA O governador Pezão recebeu nota 2 dos entrevista­dos na pesquisa Datafolha, enquanto o prefeito Crivella, 4,5.

O instituto entrevisto­u 812 pessoas entre os dias 3 e 4 de outubro. A margem de erro é de quatro pontos percentuai­s para mais ou menos.

O desempenho de Crivella é um pouco melhor entre os eleitores que votaram no prefeito no segundo turno das eleições no ano passado. Neste grupo, 30% avaliam seu início de gestão como ótimo ou bom, enquanto 21% desaprovam a administra­ção.

Entre os evangélico­s, o pre- Ótimo/bom Regular Ótimo/bom Ruim/péssimo Não sabe 28 feito —que é bispo licenciado da Igreja Universal e sobrinho de Edir Macedo— também tem resultado melhor.

Entre os fiéis de denomina- ções não pentecosta­is, 31% o aprovam e 22% desaprovam.

Já entre os pentecosta­is — nos quais se incluem a Universal e a Assembleia de Deus—, 27% avaliam a gestão como boa ou ótima, e 26% como ruim ou péssima.

O Datafolha também perguntou aos entrevista­dos quais foram os melhores e os piores governador­es e prefeitos da história do Rio.

Um terço (33%) não soube indicar um nome. César Maia (DEM) e Eduardo Paes (PMDB), os últimos a ocupar o cargo de prefeito, lideram a lista entre os melhores, com 19% e 17%, respectiva­mente —um empate técnico.

Paes também foi o mais citado como o pior prefeito (15%), seguido de Crivella (14%). Pouco mais de um terço (35%) não soube mencionou nenhum nome. GOVERNO Preso desde novembro do ano passado e condenado por corrupção, Cabral foi apontado como o pior governador do Rio por 38% das pessoas, seguido de Pezão (18%) —cerca de um quarto (26%) não soube responder.

O mais citado como o melhor ocupante do Palácio Guanabara foi Leonel Brizola (14%), único a superar os 10 pontos percentuai­s.

Governador entre os anos de 1983 e 1987, o resultado do pedetista, morto em 2004, melhora entre os que têm entre45e59­anos(23%).

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