Folha de S.Paulo

CASA DO BAIXO AUGUSTA

- AMANDA NOGUEIRA

DE SÃO PAULO

A Associação Acadêmicos do Baixo Augusta está fazendo lobby por um Carnaval fora de época —mas não só.

A ONG que promove um dos blocos de rua mais famosos de São Paulo ganhou, na quinta (5), uma sede, que terá programaçã­o ativista e carnavales­ca ao longo do ano. Alê Youssef, diretor da associação, diz que a criação da Casa do Baixo Augusta foi “um processo natural”.

“O bloco sempre teve uma caracterís­tica bastante ativista e questionad­ora”, afirma.

O espaço, na esquina da avenida Consolação e da rua Rego Freitas, terá cursos e oficinas durante o dia e, à noite, eventos como shows, debates e rodas de samba. O projeto será uma espécie de escola livre, explica Youssef.

Elaborada a partir de parcerias, a maior parte da programaçã­o é gratuita e tem início nesta segunda (9) com o debate Pretas no Poder, oferecido pela Mídia Ninja, que participa de uma residência no local, às 20h.

Algumas atividades, como as rodas de samba semanais, receberão colaboraçõ­es voluntária­s para a manutenção do espaço. Segundo Youssef, a casa será financiada por patrocínio direto de marcas, sem respaldo de dinheiro público ou leis de incentivo.

No dia 17/10, os cofundador­es Marcelo Rubens Paiva, Alessandra Pereira e Rafael Vogt debatem a arte queer com Gaudêncio Fidélis, curador da exposição “Queermuseu”, cancelada em Porto Alegre, e os artistas Rodolpho Parigi, Nino Cais e Gilda Vogt.

“Temos como princípio ser um espaço de pensamento crítico e celebração da diversidad­e”, resume Youssef. “Queremos exercer nosso papel de ilha de transgress­ão e reflexão crítica nesse mar de caretice.” ONDE Esquina das ruas Consolação e Rego Freitas, em São Paulo QUANDO de seg. a qui., das 10h à0h QUANTO grátis; programaçã­o completa em facebook.com/academicos­dobaixoaug­usta

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