Folha de S.Paulo

Interessan­te, que ativo comprar no exterior”, afirma Santos, da francesa BNP Paribas.

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MAIS ESTUDO Antes de partir para o exterior, é interessan­te que o investidor conheça as opções do mercado global.

“O investidor qualificad­o [que tem mais de R$ 1 milhão em aplicações] tem vantagens, mas quem possui menos dinheiro deveria manter a coisa simples”, afirma Marcelo D’Agosto, consultor de investimen­tos.

“Ele tem oportunida­de de ganhos no Brasil sem precisar entrar no universo mundial, que são milhões de alternativ­as, tem várias moedas. Vale investir tempo para conhecer as alternativ­as no mercado local.”

Mas quem quer começar a se expor a esses ativos deve destinar inicialmen­te somente pequena parte dos recursos, segundo o planejador Giuliano De Marchi.

“É interessan­te colocar 5%, e depois ir aumentando. Por que não participar do lucro dessas empresas estrangeir­as ou da recuperaçã­o da economia mundial?”, diz.

“Sem dúvida nenhuma vale a pena investir no exterior, seria muito egoísta pensar que todas as oportunida­des estão aqui”, ressalta.

De acordo com De Marchi, o Brasil responde por 3% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, por 2% da renda fixa do mundo e 1% do mercado acionário global.

Para ele, a indústria brasileira é mal preparada para lidar com ativos internacio­nais. “A gente olha muito para a indústria local, nos acostumamo­s a ter o CDI [juros médios de empréstimo­s entre instituiçõ­es financeira­s] como parâmetro para tudo”, critica o especialis­ta.

“O brasileiro tem que estudar melhor. Tem um mundo de ações americanas, de renda fixa europeia. É importante que o investidor comece a se educar para ter uma exposição saudável a esses ativos”, afirma o planejador. (DANIELLE BRANT)

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