Establishment nos EUA abre as portas para Bolsonaro
O “Financial Times” publicou texto de Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute, do Wilson Center, que chama a atenção para o fato de outros “think tanks” terem aberto as portas para Jair Bolsonaro.
Em Nova York, ele vai falar à Americas Society/Council of the Americas e à BrazilianAmerican Chamber of Commerce. Na capital, deve ser recebido na Universidade George Washington, “a cinco quadras da Casa Branca”.
A AS/COA se justificou: “Temos uma longa tradição de receber candidatos de todas as linhas, incluindo pessoas com as quais nossos membros possam discordar”.
Sotero lembra que “Mr. Bolsonaro dedicou seu voto pelo impedimento de Dilma Roussef a um ex-coronel que chamou de ‘herói nacional’, por seu papel como comandante de uma unidade em São Paulo onde centenas de presos políticos foram torturados, inclusive Ms. Rousseff. Cinquenta deles morreram”.
E que “o objetivo da turnê é normalizá-lo como um adepto da economia liberal”.
Raiva americana Na série sobre os “anúncios russos”, o “New York Times” publicou um “exame” do Facebook, com o enunciado “Como a Rússia colheu a raiva americana para remodelar a política dos EUA”, usando posts de americanos. Para Tom Gara, editor de Opinião do “BuzzFeed”, a conclusão é “bizarra”. “Os americanos remodelaram eles mesmos a América”, diz.
US$ 200 mil Lucas Shaw, da Bloomberg, vai além: “Alguém realmente acredita que US$ 200 mil em anúncios comprados em Facebook e Google tiveram algum efeito na eleição mais cara da história?”.
Estupro & Hollywood O “NYT” seguiu à frente na cobertura dos escândalos do produtor Harvey Weinstein, com depoimentos de celebridades como Gwyneth Paltrow, Oscar de melhor atriz. Mas a revista “The New Yorker” publicou afinal a sua reportagem, também aguardada, que trouxe o áudio de um dos episódios de assédio e a revelação de que “três mulheres afirmaram que Weinstein as estuprou”, em situações de “sexo oral e vaginal forçado”. A nova reportagem, segundo o site “HuffPost”, estava originalmente prevista para a NBC, TV de um grupo que inclui estúdios de cinema —e que não quis a história.