Folha de S.Paulo

Lázaro Brandão deixa conselho de Bradesco

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cedê-lo na presidênci­a-executiva do banco.

Ele cultivou no dia a dia uma das principais ideias de Aguiar, que era que os executivos do banco fossem simples a ponto de serem confundido­s com correntist­as. ATITUDE FIRME Apesar de considerad­o cordato, ele tomou atitudes firmes em sua trajetória para defender o banco. Segundo relatos, impediu Alcides Tapias, então vice-presidente do Bradesco, de chegar à presidênci­a-executiva em 1996. A versão oficial é que Tapias deixou o banco em busca de novos desafios. Nos bastidores, dizia-se que Brandão não queria ser substituíd­o por ele.

Mas Brandão também nomeou seus dois sucessores no cargo: Márcio Cypriano (de 1999 a 2009) e, mais recentemen­te, Luiz Carlos Trabuco.

À frente da presidênci­aexecutiva, cancelou o limite de 65 anos para ocupar o cargo, em benefício próprio — embora tenha reintroduz­ido a norma ao deixar o posto.

Apesar de afastado da presidênci­a do banco, Brandão continuou a receber políticos em busca de avaliações sobre o futuro do país e também apoio eleitoral. LUCRO No segundo trimestre, o Bradesco teve um lucro líquido de R$ 3,911 bilhões no segundo trimestre, queda de 3,9% sobre o trimestre anterior e de 5,4% ante o mesmo período de 2016.

Em termos ajustados, o lucro somou R$ 4,7 bilhões, uma melhora de 13% em relação ao mesmo período do ano passado —alta de 1,2% na comparação com os três primeiros meses de 2017.

No ano, as ações ordinárias do segundo maior privado do país acumulam valorizaçã­o de 33,29%.

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