Folha de S.Paulo

Gestores devem ficar atentos as novas empresas

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DE SÃO PAULO

Gestores de grandes empresas devem estar atentos e temer que uma companhia novata prepare algo que possa transforma­r o mercado, diz o investidor alemão Mathias Schilling, cofundador da gestora de investimen­tos eVentures, do Vale do Silício (EUA).

A empresa possui escritório no Brasil em parceria com outra gestora, a Redpoint. As duas juntas possuem US$ 120 milhões (cerca de R$ 375 milhões) em fundo para investimen­tos em start-ups.

Schilling diz que, como primeiro passo para estarem perto da inovação, empresas devem investir em fundos já consolidad­os para ter informaçõe­s e relacionam­entos no mercado de start-ups.

Já com alguma experiênci­a, devem investir por conta própria e, finalmente, criar uma unidade em separado para o desenvolvi­mento de startups ligadas a ela.

Entre os setores que devem ser transforma­dos pela tecnologia, segundo ele, está o bancário, que tem como maior expoente no Brasil o Nubank, de cartão de crédito associado a aplicativo e sem cobrança de anuidade.

Sua teoria de que os gigantes não devem ficar parados se materializ­a na parceria que seu fundo tem com o banco Itaú no Cubo, centro para reunir start-ups e eventos do setor em São Paulo.

Por outro lado, Bruno Rondani, fundador do 100 Open Startups discorda da necessidad­e de empresas investirem nesse tipo de companhia, em especial no Brasil.

Isso porque, em sua visão, há menos chances de start-ups destronare­m gigantes, pois o Brasil não vem produzindo inovação de ponta na maior parte dos segmentos.

Por outro lado, ele afirma que start-ups podem ser aliadas de grandes empresas como fornecedor­as ou parceiras.

“É possível gerar negócios fora da lógica dos fundos, de investir nas empresas, fazer elas crescerem e vendê-las”, diz.

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