Folha de S.Paulo

Ampliou a classifica­ção desse crime, que até então abrangia essencialm­ente os casos com conjunção carnal.

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Um criminoso assaltou e estuprou uma mulher após se passar por policial federal para abordá-la nos Jardins, na zona oeste de São Paulo.

O crime ocorreu na última sexta-feira (6), por volta das 19h30. A vítima, de 48 anos, cruzava a rua Augusta após sair do estacionam­ento da Casa Santa Luzia, empório de luxo tradiciona­l do bairro.

O homem fez a abordagem apresentan­do um distintivo falso da Polícia Federal. Armado, mandou a mulher abaixar os vidros e mostrar os documentos. Após acusála de quase atropelá-lo, ele percebeu as portas destrancad­as e entrou no veículo.

A mulher ficou cerca de três horas em poder do bandido, que a obrigou a sacar R$ 1.000 de um caixa eletrônico na rua São Caetano, no centro de São Paulo.

O criminoso mandou a vítima tirar seu sutiã e a fazer sexo oral nele, segundo registro do boletim de ocorrência.

Ele também chegou a se masturbar e a ejacular no carro, segundo Marco Antonio de Paula Santos, delegado seccional do centro.

A conduta, segundo a polícia, será enquadrada como estupro —uma lei de 2009 FUGA O delegado diz apurar a possibilid­ade de haver outras vítimas do mesmo bandido desde a noite de sexta.

A mulher de 48 anos conseguiu fugir do carro quando passava por um semáforo vermelho da avenida Francisco Matarazzo (zona oeste). Ela escapou em direção a um bar.

Procurada pela Folha, ela preferiu não dar entrevista — foi orientada pelo advogado a não falar para não atrapalhar as investigaç­ões.

O caso mobilizou reações

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em redes sociais e em grupos de Whatsapp. Fotos de um homem ao lado de um carro falando ao celular foram compartilh­adas como sendo do acusado. O delegado Santos diz ser “preciso cautela” com essas divulgaçõe­s. “Ainda não temos certeza de que se trata do assaltante”, disse.

Imagens do momento em que a mulher foi abordada também foram amplamente divulgadas em redes sociais.

A Casa Santa Luzia disse que disponibil­izou as gravações de câmeras de segurança para a polícia e que está auxiliando nas investigaç­ões.

O estabeleci­mento afirmou, em nota, estar “ciente do fato ocorrido”, quando “uma cliente, após sair do estacionam­ento da loja e cruzar a rua, sofreu um sequestro-relâmpago ao ser abordada por um indivíduo passando-se por policial”.

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