Folha de S.Paulo

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Messi e Cristiano Ronaldo garantem classifica­ção de Argentina e Portugal

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A Copa do Mundo está completa. Os dois jogadores que monopoliza­m o futebol há dez anos irão para a Rússia em 2018. Ambos garantiram a classifica­ção nesta terça-feira (10).

Com Cristiano Ronaldo, Portugal derrotou a invicta Suíça por 2 a 0 e conquistou a vaga ao terminar o Grupo B das eliminatór­ias europeias na liderança.

Cinco horas depois, quando tudo parecia perdido para a Argentina, Lionel Messi colocou a bola debaixo do braço, fez três gols e praticamen­te sozinho colocou a seleção no Mundial.

Graças a ele, a Argentina derrotou o Equador por 3 a 1 em Quito e se classifico­u.

Desde 2008, Cristiano Ronaldo e Messi se revezam como vencedores dos prêmios da Fifa de melhor do mundo. O argentino ganhou cinco vezes. O português, quatro e é o favorito para ser escolhido neste ano.

A partida de Portugal foi decisiva por ser a última da qualificaç­ão. Mas nos 90 minutos contra os suíços, em Lisboa, a equipe não correu riscos. A partir do gol contra marcado por Djourou, ainda no primeiro tempo, a classifica­ção pareceu assegurada. E estava mesmo. O gol de André Silva, na etapa final, apenas confirmou.

Já a Argentina teve 12 minutos de pânico. No primeiro lance da partida, Ibarra fez o gol do Equador. Aos 35 segundos, foi o mais rápido sofrido pela Argentina na história. Não poderia ter acontecido em momento mais impróprio.

Os visitantes não sabiam como responder. Não havia pressão da torcida. Dos 35 mil ingressos colocados à venda para a partida, 12 mil ficaram nas bilheteria­s do estádio Olímpico Atahualpa. Era possível ouvir a torcida argentina cantar, não a equatorian­a. Mas o time não respondia em campo.

A letargia durou até que Messi recebeu passe de Di María na área e tocou para o gol. Não satisfeito, seis minutos depois roubou uma bola e a carregou até finalizar para a rede. A vibração chamou a atenção. Desde o jogo contra a Bósnia, na estreia da Copa do Mundo de 2014, Lionel não celebrava com tanta raiva um gol.

No segundo tempo, ainda criaria sozinho o terceiro para selar a classifica­ção.

“Messi não deve um título mundial à Argentina. O futebol deve um mundial a Messi. É o maior da história”, afirmou o treinador Jorge Sampaoli.

Se falhasse em Quito, a eterna cobrança de que pela Argentina ele não joga a mesma coisa do que pelo Barcelona, iria renascer.

Pouco importa que, com sete gols, Messi tenha sido o artilheiro da seleção nas eliminatór­ias e o melhor em todos os jogos da reta final. De novo seria criticado pelo estilo apático, por não cantar o hino, por ser “espanhol” e não “argentino´”.

A Copa de 2018 será a última, em alto nível, para Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Em 2022, o português estará com 38 anos. Messi, com 35. Poderão participar, se continuare­m livres de contusões sérias, mas dificilmen­te serão os mesmos jogadores que, hoje, estão entre os maiores da história do futebol.

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Fernando Vergara/ Associated Press Messi celebra um dos três gols que garantiram a vaga
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Pedro Nunes/Reuters Cristiano Ronaldo liderou Portugal nas eliminatór­ias

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