Temer está com obstrução parcial de artéria coronária
Presidente deve passar por dieta, além de tratamento com medicamentos
Para especialistas, doença é mais comum do que se imagina; mudança de hábito é o melhor tratamento
O presidente Michel Temer está com obstrução parcial de uma artéria coronária, mas ainda não há previsão de que seja submetido a cateterismo para sua desobstrução.
O problema foi detectado em exame de imagem, segundo apurou a Folha. Temer deverá passar por tratamento medicamentoso e dieta. Ele tem 77 anos e é o mais velho presidente da história do país.
A informação foi revelada pela TV Globo. A emissora afirmou que o presidente seria submetido a cateterismo, mas a assessoria de Temer negou que isso vá ocorrer. O médico de Temer, Roberto Kalil, também não confirmou a necessidade do cateterismo.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, a obstrução parcial de uma artéria coronária é relativamente comum.
Em um grupo de cem pessoas com mais de 65 anos, entre 20 a 30 tem algum tipo de doença coronária, que atinge uma artéria do coração e pode levar a um ataque cardíaco.
Assim como a maioria das pessoas com a doença, Temer deve continuar exercendo suas atividades. A idade do presidente é um dos fatores que o colocam em um grupo de risco, com mais chances de adquirir a doença, que atinge principalmente pessoas acima dos 50 anos. Além da faixa etária, o stress, o sedentarismo, a pressão alta e a diabetes são outros fatores que aumentam os riscos.
“Hoje em dia as pessoas morrem por duas causas principais: ou doenças cardiovasculares ou o câncer”, diz o cardiologista e e especialista em infarto agudo do miocárdio do HCor (Hospital do Coração) Leopoldo Piegas.
Segundo ele, a obstrução acontece quando uma espécie de placa de gordura se acumula, formando coágulos que dificultam a circulação sanguínea.
A depender do tamanho dessas placas, o paciente sequer apresenta sintomas. Conforme esses coágulos aumentam, entretanto, o paciente pode passar a sentir dores no peito quando aumenta o seu consumo de oxigênio.
O melhor tratamento é a mudança de hábito, com a alimentação saudável e a prática de exercícios regulares.
O secretário estadual da Segurança Pública, Mágino Alves, determinou nesta quarta (11) que o delegado responsável pela operação na casa de Marcos Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seja afastado do caso.
Na terça (10), a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Marcos Lula, em Paulínia (117 km de São Paulo), após ter recebido uma denúncia anônima de que haveria drogas naquele endereço.
Segundo a coluna “Mônica Bergamo”, não foram encontrados entorpecentes na residência. Além disso, a polícia apreendeu dois notebooks, CDs, DVDs, disquetes e documentos de Marcos Lula.
Em nota encaminhada à Folha, a pasta afirma que investigará essa diligência em um procedimento administrativo e que, para preservar a apuração, afastará o delegado Rodrigo Luís Galazzo.
O secretário se reuniu nesta quarta com seis deputados estaduais do PT. Para os parlamentares, o delegado “agiu com clara finalidade política de perseguir Lula”.
Segundo os parlamentares, no pedido de busca e apreensão encaminhado à Justiça havia dois endereços ligados a Marcos Lula: sua atual residência e a antiga. No entanto, afirmam, a denúncia só se referia a um local. “Essa é a prova cabal de que os delegados agiram com finalidade política”, afirma o PT.
O deputado Alencar Santana Braga, líder da bancada na Assembleia, diz que, além da questão dos endereços, os deputados abordaram a apreensão dos computadores e documentos.
“A ordem é para apreender armas e drogas, como ele sai de lá com papéis e computadores?”, afirma o parlamentar.
De acordo com Alencar, o secretário disse aos petistas que investigaria a operação para averiguar a conduta dos agentes e que, naquele momento, não era possível afirmar se a mesma foi ilegal ou se estava correta.
A Folha não conseguiu contato com o delegado até a publicação desta reportagem. A Secretaria da Segurança Pública afirmou que ele não irá se pronunciar.
O advogado da família Lula, Cristiano Zanin, que representa Marcos nesse caso, afirma que não comentaria a decisão da secretaria.
Filho adotivo do ex-presidente, Marcos mora em Paulínia. A operação foi deflagrada depois de uma denúncia anônima feita por telefone ao Disque Denúncia.
A polícia informou que não poderia fazer uma operação de monitoramento, vigiando a casa à distância, em razão de câmeras instaladas na rua.