Eliminação ameaça ascensão do ‘soccer’
Exclusão da Copa de 2018 também “ensina” aos EUA o que é futebol, diz especialista
A não classificação dos EUA para aa Copa do Mundo da Rússia-2018 causou recriminações sérias nas redes sociais e análises sóbrias na TV, mas não gerou indignação nacional ou desprezo pela seleção. O futebol não desperta emoções tão fortes no país.
No entanto, ficar fora de uma Copa pela primeira vez desde 1986 pode representar um revés grave no país, disse Andrei Markovits, professor na Universidade de Michigan.
“Não quer dizer que o futebol vá voltar à idade das trevas, quando era jogado só por imigrantes húngaros”, disse Markovits. “Mas sua ascensão será retardada.”
A trajetória do futebol dos EUA se manteve ascendente por 25 anos. As ligas do país encontraram estabilidade.
O universo de interessados no esporte cresceu de 59 milhões a 79 milhões de adultos, entre 2010 e 2016.
A eliminação não deve influenciar a candidatura conjunta com México e Canadá a sediar a Copa de 2026. Mas fica uma marca. A arquitetura do futebol facilita resultados aleatórios, que não costumam surgir no beisebol ou basquete, lembra Stefan Szymanski, professor da Universidade de Michigan.
Para Szymanski, os EUA enfim estão sentindo oficialmente o tormento do futebol.
“Torcer no futebol é assim”, disse Szymanski “Há uma propensão a eventos extremos o tempo todo. As derrotas fazem parte da sua natureza.”