Folha de S.Paulo

Furacões provocam mudanças nas rotas que incluem Caribe

Escalas em praias do oeste e do sul da região substituem tradiciona­is paradas nas ilhas do leste, mais atingidas

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Costa brasileira pode virar alternativ­a de destino para empresas de cruzeiros na próxima temporada

A onda de furacões no Caribe, região que concentra 38% dos navios do mundo, obrigou as companhias de cruzeiro a mudar itinerário­s.

Ilhas tradiciona­is da parte leste, como Saint Martin, San Juan (Porto Rico) e Ilhas Virgens Britânicas foram trocadas por destinos ao sul, a exemplo de Aruba, Curaçao, Bonaire e Granada, e ao oeste: Ilhas Cayman, Jamaica, México e Cuba.

“Infelizmen­te tivemos que rever itinerário­s, mas esperamos uma pronta recuperaçã­o para a região e estamos satisfeito­s com os novos roteiros”, diz Ignacio Palacios Hidalgo, diretor comercial da MSC.

A mudança segue a lógica adotada por outras companhias que atuam na região, como a Royal Caribbean, que fez as alterações em roteiros com saída até o início de novembro. Depois disso, vão reavaliar a condição das ilhas.

A Costa só atua no Caribe durante o verão do Hemisfério Sul, diferentem­ente da Carnival, da Royal Caribbean e da Princess, que têm navios todo o ano. Essa caracterís­tica, diz o gerente de marketing da Costa, Alex Calabria, beneficia a empresa. “Até a temporada começar, em dezembro, muita coisa estará funcionand­o, então nos afetará menos do que para quem tem Caribe o ano todo.”

As rotas das embarcaçõe­s Costa Pacifica e Magia também foram alteradas. Na primeira, a escala em Saint Mar- tin passou para navegação em alto mar, enquanto na segunda, destinos do leste foram substituíd­os pelos do sul.

A Carnival Corporatio­n, que controla o grupo Costa, doou US$ 10 milhões às ilhas atingidas. Já a Norwegian, que detém as companhias Oceania e Regent Seven Seas, está arrecadand­o doações e espera conseguir US$ 3,75 milhões até 2018.

Segundo o gerente de produtos marítimos da CVC, Orlando Palhares, os problemas climáticos daquela região podem favorecer os mares brasileiro­s: “Tem gente que está com navio no Caribe e não conseguirá vender tudo. Na próxima temporada, eles podem começar a ver o Brasil com outros olhos.” NOVO GIGANTE O Caribe terá um novo e grande atrativo na temporada 2018/2019, o Symphony of the Seas, da Royal Caribbean. Com capacidade para 6.780 passageiro­s, será o maior navio do mundo, desbancand­o o Harmony of the Seas, da mesma companhia.

A embarcação está com reservas abertas e começa a operar em abril na Europa. Terá o maior toboágua, bar servido por robôs e um parque com 12 mil árvores.

A última atuação da Royal Caribbean no Brasil foi na temporada 2015/2016.

Ricardo Amaral, diretorexe­cutivo da R11, representa­nte da marca no país, afirma que a companhia está satisfeita com os resultados que atingiu na temporada em que ficou fora da costa brasileira, mas que não deixou de receber hóspedes do Brasil.

Segundo a R11, a venda de cruzeiros internacio­nais cresceu 15% no Brasil em 2016. (ANA LUIZA TIEGHI)

COSTA FASCINOSA

CHEGA AO BRASIL EM 04/12 VIAGENS 10 PRINCIPAIS ROTEIROS Nordeste e Buenos Aires PASSAGEIRO­S 3.800 TRIPULAÇÃO 1.100 CABINES 1.508 COMPRIMENT­O 290 metros ANDARES 18 RESTAURANT­ES 5 PISCINAS 4

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Navio Disney Dream, em Port Canaveral, nos EUA
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