“Erramos”.
As atitudes de Carlos Nuzman e de Aécio Neves face às denúncias que enfrentam demonstram a diferença de princípios das organizações que presidiam. Nuzman renunciou ao cargo de presidente do COB, porém Aécio continua na presidência do PSDB —está apenas licenciado. Por um lado, o COI demonstrou na última semana, de forma clara e inequívoca, seu desconforto com a denúncia de corrupção. Do outro, os tucanos continuam em cima do muro, lenientes com seus membros (“Preso, Nuzman pede renúncia do COB depois de 22 anos no poder”, “Esporte”, 12/10).
RICHARD DUBOIS
O problema não são os políticos, e sim o povo, que se sente injustiçado por viver num país corrupto e ladrão, mas não se mexe para nada. Ficar choramingando não resolve nem nunca resolverá nada.
Li em mais de uma ocasião em textos da Folha a afirmação de que os católicos “adoram” os santos ou as imagens dos santos. Na edição desta quinta (12), aparece novamente esse lamentável equívoco, que não condiz com a fé católica nem com a devoção católica aos santos ( “Aparecida é padroeira de um país cada vez menos devoto a santos”, “Poder”, 12/10). Esclareço que os católicos distinguem “adorar” a Deus de “venerar” ou “honrar” os santos. Somente a Deus é devido o culto de adoração. Os santos são “venerados”, ou “honrados” e “louvados”. “Venerar” é o conceito apropriado.
ODILO PEDRO SCHERER, NOTA DA REDAÇÃO -
Ciência Chama a atenção que a premiação de Gabriel Victora (“Cientista brasileiro ganha ‘bolsa para gênios’ de fundação dos Estados Unidos”, “Ciência”, 12/10) tenha sido noticiada pelo jornal “The New York Times” e reproduzida pela Folha, sem uma cobertura direta por jornalistas brasileiros de tão importante fato. Resta emblemática a situação: alta repercussão dos prêmios Nobel na semana passada e, quando um brasileiro conquista um reconhecimento internacional nas ciências, a notícia é dada por terceiros.
ADILSON ROBERTO GONÇALVES
USP