Sindicato teme perda de até R$ 3 bi sem imposto
Entidades se preparam para mudança, que entrará em vigor em novembro
Os sindicalistas temem perder a maior parte da receita proveniente do imposto sindical, que deixa de ser obrigatório com a entrada em vigor da reforma trabalhista. A arrecadação com o imposto foi de cerca de R$ 2,9 bilhões no ano passado.
A partir de novembro, o imposto sindical, que equivale a um dia de trabalho e é descontado em folha, passa a ser voluntário.
Segundo o economista José Dari Krein, da Unicamp, entre 25% e 30% da receita dos sindicatos é obtida com esse repasse.
A dependência é maior no caso das centrais, que em alguns casos praticamente sobrevivem do imposto, uma vez que não contam com mensalidade de sócios.
A CUT, maior central sindical do país, prevê orçamento 30% menor em 2018.
A Força Sindical afirma que corre o risco de acabar sem essa fonte de renda. Ela e a UGT defendem uma contribuição assistencial de trabalhadores de toda categoria (e não só dos filiados).
As entidades pressionam o governo Temer a editar uma medida provisória que regulamente a questão. A taxa de sindicalização no Brasil gira em torno de 20%, segundo o IBGE.Mercado Leia “Reforço à tropa”, em defesa da ampliação da Força Nacional de Segurança Pública, mais talhada que o Exército para operações emergenciais.