Folha de S.Paulo

Frota mais velha impulsiona setor de autopeças

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O envelhecim­ento da frota brasileira poderá levar a um cresciment­o anual de 6% a 7% do lucro do setor de autopeças pelos próximos três anos, segundo a A.T. Kearney.

“A maior idade dos veículos em circulação vai aumentar a demanda das empresas que fornecem para o consumidor final”, diz Sergio Eminente, da consultori­a.

“Em contrapart­ida, com as mudanças tecnológic­as dos novos carros, elas precisarão se reestrutur­ar.”

Além da necessidad­e de atualizar o portfólio, há uma tendência de empresas menores serem adquiridas, afirma.

A frota brasileira tem, em média, 13,5 anos, segundo a A.T. Kearney. A estimativa dos fabricante­s de autopeças, que consideram apenas automóveis, é de 9,3 anos.

Na Dayco, cerca de 70% da receita no Brasil vem da fabricação de partes de reposição e 30% das vendas para montadoras, afirma Silvio Alencar, diretor da multinacio­nal para a América do Sul.

O mercado independen­te crescerá a um ritmo superior ao de equipament­os originais, mas os novos aportes anunciados recentemen­te por montadoras, que somam R$ 15 bilhões até 2022, vão impulsiona­r o setor, afirma.

“O mercado de reparos receberá em 2018 e 2019 os veículos fabricados entre 2013 e 2014, anos em que houve ampla produção de novos modelos, diz Antonio Fiola, do Sindirepa-SP (sindicato do setor).

“A projeção é que esse setor cresça 10%, mas isso depende também do cresciment­o econômico do país.”

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