‘Até quando vão me perseguir?’, diz Lula ao discursar para petistas
DE SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou uma operação de busca e apreensão na casa de seu filho adotivo, Marcos Cláudio, para sustentar a tese de que é vítima de perseguição.
Ao discursar para militantes petistas em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), Lula disse que o delegado responsável pela ação deveria lhe pedir desculpas.
Na manhã da terça (10), o delegado da Polícia Civil de Paulínia (SP), Rodrigo Luís Galazzo, comandou a operação, argumentando ter recebido denúncia sobre existência de armas e drogas no endereço. Saiu de lá com DVDs e computadores. A juíza que autorizou a ação, Marta Pistelli, afirmou que o pedido da Polícia Civil não identificava o nome do morador.
“Invadiram a casa do meu filho. O delegado mentiu. Disse que na casa tinha muita arma e drogas. Ele não teve coragem, a hombridade, de pedir desculpas”, disse. E perguntou: “Até quando eles vão me perseguir?”
O ex-presidente afirmou que “fazem confusão” para evitar sua candidatura. “Levantaram o colchão onde eu durmo, pensando que tinha dólar, ouro e joia. Se não encontraram nada, deviam ter a humildade de pedir desculpas”.
Lula disse ainda que se dedicará à eleição em São Paulo e fez críticas ao prefeito paulistano, João Doria (PSDB).
Também nesta segunda (16), os procuradores da Lava Jato em Curitiba se manifestaram contra uma eventual declaração de absolvição no caso do tríplex de Guarujá (SP) da ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu em fevereiro. O entendimento contraria um pedido da defesa.