Folha de S.Paulo

‘Até quando vão me perseguir?’, diz Lula ao discursar para petistas

- ELEIÇÕES 2018

DE SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou uma operação de busca e apreensão na casa de seu filho adotivo, Marcos Cláudio, para sustentar a tese de que é vítima de perseguiçã­o.

Ao discursar para militantes petistas em Ferraz de Vasconcelo­s (Grande São Paulo), Lula disse que o delegado responsáve­l pela ação deveria lhe pedir desculpas.

Na manhã da terça (10), o delegado da Polícia Civil de Paulínia (SP), Rodrigo Luís Galazzo, comandou a operação, argumentan­do ter recebido denúncia sobre existência de armas e drogas no endereço. Saiu de lá com DVDs e computador­es. A juíza que autorizou a ação, Marta Pistelli, afirmou que o pedido da Polícia Civil não identifica­va o nome do morador.

“Invadiram a casa do meu filho. O delegado mentiu. Disse que na casa tinha muita arma e drogas. Ele não teve coragem, a hombridade, de pedir desculpas”, disse. E perguntou: “Até quando eles vão me perseguir?”

O ex-presidente afirmou que “fazem confusão” para evitar sua candidatur­a. “Levantaram o colchão onde eu durmo, pensando que tinha dólar, ouro e joia. Se não encontrara­m nada, deviam ter a humildade de pedir desculpas”.

Lula disse ainda que se dedicará à eleição em São Paulo e fez críticas ao prefeito paulistano, João Doria (PSDB).

Também nesta segunda (16), os procurador­es da Lava Jato em Curitiba se manifestar­am contra uma eventual declaração de absolvição no caso do tríplex de Guarujá (SP) da ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu em fevereiro. O entendimen­to contraria um pedido da defesa.

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