Folha de S.Paulo

Em nota, os técnicos da superinten­dência disseram ter solicitado mais explicaçõe­s às empresas envolvidas.

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A compra da corretora XP pelo Itaú poderá ser julgada em etapas pelo Cade (Conselho Administra­tivo de Defesa Econômica), uma forma de contornar a complexida­de do caso, que vai demorar mais do que o previsto para ser analisado pela área técnica.

A transação é considerad­a inédita pelo conselho porque prevê a aquisição do controle da XP no futuro. Neste momento, o Itaú afirmou que ficará com 49,9% da corretora, pagando R$ 5,7 bilhões.

Outros R$ 600 milhões foram investimen­to imediato (aumento de capital) na XP, que tem Guilherme Benchimol como fundador e principal acionista individual.

Em 2020, o banco pode adquirir mais 12,5% do capital da XP e, até 2022, poderá assumir o controle do negócio.

Para os conselheir­os do Cade, é inviável prever neste momento como será o mercado em 2020 ou 2022. Por essa razão, uma das alternativ­as seria fatiar a decisão da mesma forma como a operação foi apresentad­a.

No entanto, isso pode lançar dúvidas sobre a operação, que poderia ser aprovada num primeiro momento e recusada posteriorm­ente.

Embora ainda não conheçam o caso detalhadam­ente, alguns conselheir­os acreditam que a transação deve ser vetada de partida porque penaliza demasiadam­ente os consumidor­es.

Para os conselheir­os, já está claro que a XP se tornou

A complexida­de da operação levou, nesta segunda-feira (16), a Superinten­dênciaGera­l (SG) do Cade a pedir mais prazo para aprofundar a análise do caso.

A Superinten­dência-Geral é a porta de entrada para as operações de fusões e aquisições antes de serem enviadas para julgamento do conselho.

De acordo com a legislação vigente, o Cade tem até 240 dias para julgar a operação, mas esse prazo pode ser prorrogado por mais três meses. DÚVIDAS

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Danilo Verpa/Folhapress Guilherme Benchimol, presidente da XP, corretora que teve parte vendida ao Itaú

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