Folha de S.Paulo

ANJ vê queda nos ataques à liberdade de expressão

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Agressões a jornalista­s diminuíram em 2017

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) apresentou seu relatório sobre liberdade de expressão, com dados até setembro de 2017, que apontam para uma queda ampla nos ataques a jornalista­s e publicaçõe­s no Brasil.

Enquanto 2015 e 2016 registrara­m sete e três assassinat­os de jornalista­s, respectiva­mente, em 2017 ainda não houve caso nenhum. Foram reduzidas as agressões, de 45 em 2016 para nove até setembro de 2017; os atentados e ataques, de 12 para um; os insultos e intimidaçõ­es, de 17 para dois.

Para o diretor-executivo da ANJ, Ricardo Pedreira, a queda reflete em parte “a diminuição das manifestaç­ões que vinham acontecend­o nos últimos anos, em que os jornalista­s acabavam sendo vítimas, tanto da parte dos manifestan­tes como de policiais”.

Por outro lado, se houve também redução nos casos de censura judicial, de quatro em 2016 para um em 2017, o temor é de que voltem a crescer em 2018, devido ao ano de eleição, segundo Pedreira. Em 2014, na última campanha presidenci­al, foram oito.

“De forma equivocada, alguns juízes de primeira instância concedem, quando candidatos recorrem ao Judiciário pedindo que uma informação não saia”, diz ele. “São decisões inconstitu­cionais e acabam sendo revogadas, mas, por menor que seja o período em que vigorem, está se atentando contra o direito de informar e ser informado.”

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