Brasil tem severa limitação orçamentária
Agência Moody’s coloca o país com o menor nível de flexibilidade da América Latina
Os elevados níveis de despesas obrigatórias na América Latina testarão a capacidade dos governos de reduzir seus deficit fiscais, já que a região lida com persistentes pressões fiscais que podem minar a qualidade de crédito soberano, informou a Moody’s nesta quinta (19).
A agência de classificação de risco informou ainda que o Brasil enfrenta “severas limitações” em suas contas públicas e que, com base em avaliação das despesas de 16 países da região entre 2010 e 2016, o Equador e o Panamá são os que têm mais amplitude para ajustar as despesas.
“O nível de flexibilidade orçamentária afeta a capacidade de ajuste dos governos se, e quando, necessário”, disse o analista Michael Brown.
O Brasil está na ponta mais apertada do espectro de flexibilidade orçamentária, com o índice de despesas orçamentárias mais elevado em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a maior fatia de gastos mandatórios e o maior custo de serviço da dívida. ARRECADAÇÃO O governo federal arrecadou R$ 105,5 bilhões em setembro —aumento de 8,6% ante o mesmo período de 2016. Os resultados positivos pelo segundo mês seguido são interpretados pelo governo como recuperação das receitas públicas, na esteira da retomada econômica.
Foram arrecadados R$ 3,4 bilhões no mês com o Refis, programa de parcelamento de dívidas com o fisco, cujo prazo de adesão segue aberto até 31 de outubro. No ano, o total é de R$ 10,9 bilhões.
De janeiro a setembro, a arrecadação somou R$ 968 bilhões, alta de 2,4% ante o mesmo período de 2016.
O resultado positivo foi influenciado pelo recolhimento de PIS/Cofins, que aumentou 10,54% no mês.