Burger King vai vender ações na Bolsa brasileira
tocar os negócios e assumiu recentemente a presidência da JBS na América do Sul. Com apenas 27 anos, ele já presidiu as operações do grupo no Uruguai, no Paraguai e no Canadá e a divisão de bovinos nos Estados Unidos.
A indicação dos novos membros do conselho não deve agradar ao BNDES, principal sócio minoritário da JBS, por sua proximidade com a família Batista. O banco estatal trava uma briga com os acionistas controladores e vem exigindo a profissionalização da empresa, desde que Joesley acusou o presidente Michel Temer de corrupção em sua delação premiada.
Também assumiram seus assentos no conselho nesta sexta-feira os dois novos representantes do BNDES: Cledorvino Bellini, ex-presidente da Fiat, e Roberto de Penteado de Camargo Ticoulat, ex-vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo. Ticoulat é muito próximo do atual presidente do BNDES, o economista Paulo Rabello de Castro.
A saída de Farahat ocorre na mesma semana em que o TCU (Tribunal de Contas da União) concluiu que o BNDES pagou indevidamente 20% mais por participação na JBS ao liberar recursos para a compra de empresas nos EUA. O TCU apontou como responsáveis o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, Joesley e mais 14 gestores do banco, incluindo o ex-presidente Luciano Coutinho.
O Burger King se tornou a mais recente empresa a aproveitar o bom momento no mercado financeiro brasileiro para lançar ações. A BK Brasil, operadora da rede de fast-food no país, protocolou nesta sexta (20) pedido para negociar papéis na Bolsa.
De quebra, abriu caminho para que acionistas possam vender sua participação na empresa, ao lançar uma oferta secundária. No IPO, como é conhecida a oferta pública inicial de ações, o dinheiro vai para o caixa da companhia. Na secundária, os sócios embolsam os recursos.
“Eles viram uma chance de aproveitar a recuperação da atividade econômica do país, ainda que haja dificuldades políticas, como as eleições de 2018”, afirma Raphael Figueredo, sócio-analista da Eleven Financial.
Agora, a empresa vai estudar a demanda pelo papel e definir detalhes como preçoalvo e cronograma da oferta.
Segundo prospecto, os recursos levantados serão usados para abrir novas lojas nos próximos anos e reformar outras já existentes.
A rede americana Burger King foi comprada em 2010 pelo fundo 3G Capital, que tem entre os donos os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. No Brasil, os principais controladores são a gestora de recursos Vinci Partners, com 31,28%, e o fundo de investimento em participações Montjuic, com 30,05%.
Nos últimos anos, a companhia tem registrado sucessivos de prejuízo. Até setembro, a empresa tinha prejuízo de R$ 18 milhões, redução de 70,7% em relação aos primeiros nove meses de 2016.