U2 revê velhos lemas e canções no Morumbi
Noite de sexta em São Paulo teve projeção de textos políticos e homenagens a Renato Russo e Maria da Penha
Quarentões estiveram em maioria, em noite nostálgica que ainda teve apresentação de Noel Gallagher, ex-Oasis
Foi uma noite para emocionar uma geração que ouviu os LPs e fitas cassete do U2 na pré-adolescência e estava beijando pela primeira vez ou perdendo a virgindade quando os primeiros CDs do Oasis chegaram às lojas.
Ex-integrante da banda britânica, Noel Gallagher fez a abertura para os irlandeses, que se dedicaram a uma sessão nostálgica pontuada por clichês, discursos humanitários e mensagens políticas.
Na música pop, a rentabilidade em torno da nostalgia parece ter se tornado tônica, tamanha a quantidade de shows para celebrar álbuns clássicos, caso desta turnê do U2, que comemora 30 anos do disco “The Joshua Tree”.
Não é estranho então que o repertório de Noel seja em boa parte formado pelas canções do Oasis. Nas outras duas vezes em que veio ao país em carreira solo, o britânico também ficando mais pesados, e as imagens acompanharam o ritmo, com menções a militarização e conflitos étnicos. Houve projeções de fotos do holandês Anton Corbijn, autor da capa de “The Joshua Tree”.
Bono dedicou a penúltima canção, “Ultraviolet (Light My Way)”, do disco “Achtung Baby” (1991), às mulheres. Com a canção, exibiu-se retratos de Frida Kahlo (1907-1954), Rosa Parks (1913-2005), Maria da Penha. À frente, o baterista Larry Mullen Jr. vestia camiseta escrito “censura nunca mais”.
Em São Paulo, ainda há shows neste fim de semana e na quarta, dia 25.