OSB obtém novo patrocínio e volta à ativa
Após um ano sem temporada por falta de patrocínios e dívidas, a Orquestra Sinfônica Brasileira anunciou a retomada de suas atividades com apresentação neste domingo (22), às 18h, na Sala Cecília Meireles, centro do Rio.
O concerto será o primeiro de nove que a OSB fará até o fim do ano, graças a patrocínio da Nova Transportadora do Sudeste (do grupo Brookfield), que passa a ser a mantenedora da orquestra.
“Trata-se de um contrato por três anos que nos garantirá R$ 8 milhões anuais”, diz Ana Flávia Leite, 34, diretoraexecutiva da Fundação OSB. Segundo ela, há outras propostas “em formalização”.
Na pior crise em 77 anos, a orquestra não teve temporada em 2017. A de 2016 foi suspensa em setembro e concluída de forma improvisada, com obras em domínio público e sem convidados pagos.
Alguns concertos foram feitos desde então, em apoio aos músicos, que tiveram sete meses de salários atrasados.
A crise da OSB se iniciou há três anos, numa mescla de má administração —com inúmeras prestações de contas reprovadas e pedido de suspensão de repasses de isenção fiscal– e queda de arrecadação junto a empresas.
A Prefeitura do Rio contribuía desde 2009 com R$ 6 milhões anuais, mas, a partir de 2014, cessou repasses.
Segundo Leite (que assumiu em janeiro), as dívidas “estão sendo liquidadas” e os salários atrasados “deverão ser objeto de negociação específica com os músicos”. RETOMADA A apresentação que marca a volta da OBS terá regência do maestro Roberto Tibiriçá e Leonardo Hilsdorf como solista ao piano. Serão executadas obras de Chopin, Strauss e Tchaikovsky. Os ingressos custam R$ 300. A OSB fará mais concertos em 2017, em datas a serem anunciadas.