Para Moody’s, uma boa reforma é ‘improvável’
A equipe econômica também quer interlocução para contornar a relação desgastada entre o presidente da Câmara e o Palácio do Planalto.
O ministro da Fazenda disse a auxiliares que os seguidos desentendimentos entre Temer e Maia criaram um ambiente de instabilidade que pode colocar em risco a aprovação de medidas prioritárias, como a reforma da Previdência e o ajuste orçamentário.
Por isso, o envolvimento de Meirelles será uma maneira de manter o ajuste fiscal vivo mesmo que o governo saia enfraquecido da denúncia contra Temer na quarta-feira (25).
SÃO PAULO
A agência de classificação de risco Moody’s afirmou nesta segunda-feira (23) que a aprovação de uma reforma da Previdência no Brasil com “conteúdo significativo” é “improvável”.
A Moody’s afirmou que a reforma da Previdência é fundamental para as perspectivas de crédito do Brasil. Sem a medida, disse em nota, o governo estima que as despesas de seguridade social iriam para 9,6% do PIB em 2025, ante 8% em 2017, e absorveriam dois terços dos gastos do governo, acima dos atuais 50%.
A Moody’s destacou que a proposta do governo traria economia equivalente a 2% do PIB anualmente em dez anos, mas os debates reduziram o valor para 1,2%. “O projeto provavelmente precisará ser diluído ainda mais”, destacou a nota.