Folha de S.Paulo

CHAMADAS INSISTENTE­S INSISTENTE­S

- JOANA CUNHA NATÁLIA PORTINARI

DE SÃO PAULO

O veterinári­o Guilherme Farias, 37, de Barueri (SP), recebe ligações em nome da Cielo pelo menos três vezes por semana, sempre com a mesma oferta de um serviço que já declinou inúmeras vezes.

“A Cielo quer me obrigar a contratar algo de que não preciso. Há um ano, me oferecem a possibilid­ade de receber o dinheiro das vendas em dois dias, serviço pelo qual cobram taxa. Passaram a me ligar dez vezes por dia. Demorou um mês para pararem, enquanto eu fazia queixas internas e ao Reclame Aqui.”

O caso do veterinári­o, que depois de alguns meses voltou a ser importunad­o no celular e no telefone fixo da loja, encontra eco nas agruras de Teresa Cristina de Souza, 59, do Rio de Janeiro.

A economista se viu às voltas com um serviço invasivo de televendas em momento de luto. “Meu pai morreu há duas semanas. Ele recebia ligações várias vezes ao dia e fragilizad­o, com 87 anos, leL-IGAÇÕES vantava para atender o telefone. Cresce o número de reclamaçõe­s de marketing invasivo e Descobrimo­s que o número pedidos de bloqueio para esse tipo de chamada no Procon-SP que o importunav­a é da NET, da qual somos clientes.”

Os dois consumidor­es relatam uma prática abusiva de telemarket­ing, pela qual usuários e potenciais clientes são bombardead­os pelo telefone fixo ou pelo celular.

“Chego a receber 10, 15 ligações por dia da Claro, Vivo e Oi. Quando meu pai estava doente, era sempre um sobressalt­o. Eu achava que tinha acontecido algo, e era uma marca ligando para ven-

Procon-SP registra um aumento do número de reclamaçõe­s contra serviços de telemarket­ing

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