Faculdades públicas com mensalidades querem verbas
A Aimes (associação que reúne as instituições de ensino superior municipais em São Paulo) tem buscado recursos do governo do Estado para suas 27 afiliadas.
As escolas, apesar de serem públicas, cobram mensalidades dos alunos.
As instituições foram criadas antes da Constituição de 1988, o que permitiu que elas continuassem a cobrança.
“Nossos orçamentos são fiscalizadas pelo tribunal de contas e não temos fins lucrativos”, diz Marcos Bassi, presidente da associação e reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul).
Sob argumento de que suas afiliadas não se beneficiam do Prouni, a entidade quer assinar três convênios com o governo estadual.
O mais ambicioso propõe concessão de bolsas a alunos de pedagogia e uma espécie de “residência docente” na rede estadual de ensino.
Cada aluno custaria R$ 34 mil ao Estado de São Paulo. A Aimes oferece 1.120 vagas desse curso por ano.
Um outro projeto prevê bolsas mensais de R$ 500 aos alunos de licenciatura.
A entidade propôs, ainda, que a Secretaria de Saúde faça aporte inicial de R$ 2 milhões em cada afiliada que tenha interesse em abrir o curso. Nove já formam médicos.
A coluna apurou que há receio da gestão estadual em enviar recursos a entidades que cobram pelo ensino.
Procurada, a Secretaria de Educação diz estudar a viabilidade das propostas. A Secretaria de Saúde não confirma nem nega ter recebido a proposta, mas afirma estar “aberta a sugestões”.