Deputado presidiário dá voto simbólico e favorece presidente
DE BRASÍLIA - Presidiário de noite e parlamentar de dia, Celso Jacob (PMDB-RJ) deu o voto 171 contra o prosseguimento das investigações contra o presidente Michel Temer, seu correligionário. No Código Penal brasileiro, o artigo 171 é o que tipifica o crime de estelionato.
O presidente precisava de 171 votos para impedir o prosseguimento da denúncia. Jacob foi preso em 6 de junho e cumpre pena na Papuda. Conseguiu, por estar em regime semiaberto, o direito de trabalhar durante o dia —e bate ponto todas as manhãs na Câmara.
Ele foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a sete anos e dois meses de prisão por falsificação e dispensa de licitação na construção de uma creche quando era prefeito de Três Rios (RJ), em 2002.
Sua assiduidade na Câmara já virou notícia duas vezes. Foi o único a comparecer em 30 de junho, quando a primeira denúncia contra Temer passava pelo Legislativo e o governo tentava garantir quorum para abrir sessões e acelerar a tramitação. O mesmo aconteceu na segunda denúncia: desta vez, só ele e JHC (PSB-AL) apareceram para abrir sessão.
Na votação da primeira denúncia, Jacob também votou para que a denúncia contra Michel Temer não seguisse adiante. (ANGELA BOLDRINI)
FERNANDO TORRES (PSD-BA),
para Maia
Tiram logo o microfone. Vê que até eu sou boicotado aqui dentro
RODRIGO MAIA (DEM-RJ),
em resposta a Torres
De mandato em mandato, estamos transformando esse país em uma imensa casa de tolerância
ANTONIO CARLOS MENDES THAME (PV-SP)
Contra a corrupção, contra o foro privilegiado. Cadeia, algema para Temer, Aécio e Lula
DELEGADO WALDIR (PR-GO)
Agora, para votar na segunda denúncia, ‘segundamente’, fora, Temer
LUIZIANNE LINS (PT-CE)