Folha de S.Paulo

Exterior, e está hoje suspensa por liminar obtida pelos estaleiros nacionais.

- NICOLA PAMPLONA

Com cerca de um ano de atraso, a Petrobras planeja para o próximo dia 15 o início da produção na área de Libra, a maior descoberta brasileira de petróleo.

O projeto enfrentou problemas durante a etapa de construção da plataforma e após sua instalação.

A plataforma que fará testes na jazida está instalada desde maio, mas uma falha em um equipament­o postergou o início das operações, que já havia sido adiado uma vez pelo atraso de sete meses na construção da unidade.

Quando contratou a plataforma ao consórcio formado por Odebrecht Óleo e Gás (OOG) e Teekay, em 2014, a Petrobras estimava o início da produção para o quarto trimestre de 2016. Após os atrasos nas obras, prorrogou o prazo para julho de 2017.

Consideran­do a capacidade de produção de 50 mil barris por dia e o petróleo cotado a US$ 57 por barril, cada dia de atraso representa uma perda de receita de US$ 2,85 milhões para o consórcio.

Parte desse petróleo pertence à União, por meio da PPSA (Pré-Sal Petróleo SA), que segundo o contrato tem direito a 41,65% da produção, após o desconto dos custos.

Licitada em 2013, Libra foi a primeira área do pré-sal concedida sob o modelo de partilha da produção, no qual o governo tem participaç­ão no consórcio. É operada pela Petrobras, em parceria com a anglo-holandesa Shell, a francesa Total e as chinesas Cnooc e CNPC. ATRASO Questionad­a sobre a possibilid­ade de aplicação de multa ao consórcio responsáve­l pela plataforma, a Petrobras informou que não comenta detalhes comerciais.

Apesar do atraso, o diretor da OOG Jorge Mitidieri disse que o prazo de construção ficou dentro da média mundial. A plataforma foi construída na China, com apenas 5% dos gastos direcionad­os a fornecedor­es brasileiro­s.

O consórcio enfrenta ainda atrasos na contrataçã­o da primeira plataforma definitiva para o campo, que terá capacidade para produzir 180 mil barris por dia. O processo foi iniciado em 2015 e cancelado, segundo a Petrobras, por preços acima do mercado internacio­nal.

Um a nova concorrênc­ia foi aberta em 2016, prevendo a compra de bens e serviços no GÁS O consumo brasileiro de gás natural cresceu em agosto 23,3% ante o mesmo período do ano passado e subiu 10,8% ante julho, devido principalm­ente à demanda de usinas térmicas.

Os volumes foram impulsiona­dos pela seca, que estimulou o acionament­o de usinas termelétri­cas a gás.

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