COREIA INVADE GERAL
Pela primeira vez na história, um grupo de k-pop emplaca um álbum no top 10 das paradas americanas; fenômeno tem hordas de fãs no Brasil e motiva busca por aula de dança e idioma
DE SÃO PAULO
Já estavam lá as coreografias sincronizadas, as melodias viciantes e as batidas dançantes sob a influência do hip-hop americano.
A música pop sul-coreana, mais conhecida como k-pop, crescia desde o início dos anos 1990, mas explodiu mundialmente a partir de 2012 com o hit “Gangnam Style”, do rapper Psy. E, ainda que os fãs do “gênero” o considerem como um fenômeno isolado, aquele single foi o primeiro na história a conquistar 1 bilhão de visualizações no YouTube.
Em setembro, o k-pop atingiu um novo marco que sinaliza sua assimilação no mercado ocidental. Agora, emerge elevando a fórmula de boys e girls bands à máxima potência, tendo como público-alvo jovens de 12 a 20 anos.
A banda BTS, uma das exportações mais promissoras da Coreia, debutou em sétimo lugar na Billboard 200 com o lançamento de seu EP “Love Yourself: Her”. Foi a primeira vez que um grupo de k-pop atingiu o top 10 da parada americana.
Na semana seguinte, em outubro, o septeto de garotos emplacou o single “DNA” em 85º lugar na Hot 100, alavancado por 5,3 milhões de reproduções em streaming e 14 mil vendas digitais na semana de lançamento. O hit atingiu a 67ª posição na contagem seguinte e permaneceria na parada por mais duas semanas.
O feito é memorável, uma vez que o grupo se apoia em apenas dois dos três pilares que compõem a métrica do ranking que mede as canções mais populares nos EUA.
O terceiro, a execução em rádios, é praticamente nulo. A “Billboard” chegou a entrevistar o programador da única rádio americana que tocou “DNA” mais de duas vezes naquelas semanas. J.J. Ryan, da KJYO, estação local da cidade de Oklahoma, confessou ter sido apresentado à banda por sua filha de 13 anos.
Segundo o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição),