Folha de S.Paulo

Nos bastidores, filme se arrastou durante 4 anos

- NAIEF HADDAD

Além do drama sobre o início da carreira de Pelé, agora nos cinemas brasileiro­s, há a novela dos bastidores de “O Nascimento de uma Lenda”, que se arrasta há quatro anos.

As filmagens comandadas pelos irmãos Zimbalist começaram em setembro de 2013, no Rio. Àquela altura, os produtores americanos previam estrear o filme nos EUA em 28 de maio de 2014, duas semanas antes da Copa no Brasil.

Em fevereiro de 2014, contudo, a revista “Hollywood Reporter” publicou que o longa não ficaria pronto a tempo. Além da lentidão da pós-produção, era necessário refilmar algumas cenas. O adiamento fez uma grande empresa desistir de investir.

Com um orçamento de cerca de US$ 15 milhões, valor modesto para os padrões de Hollywood, “O Nascimento de uma Lenda” entrou em cartaz em 2016 nos EUA, onde ocupou pouco mais de 20 salas.

No Brasil, a negociação entre os produtores dos EUA e a distribuid­ora Europa Filmes se estendeu por seis meses. Fechada a parceria, o longa entra em cartaz no país, enfim.

Wilson Feitosa, diretor da distribuid­ora, diz que serão cerca de cem salas e espera bilheteria de 200 mil pessoas, “resultado médio”, nas palavras dele.

“Tenho certeza de que seria melhor para o público se o filme fosse falado em português”, diz Feitosa. No longa, prevalecem diálogos em inglês, com breves inserções em português. Segundo Feitosa, a maior parte das cópias no Brasil será dublada.

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