Folha de S.Paulo

Compare caracterís­ticas de São

Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, e de São Miguel dos Milagres, em Alagoas, destinos nordestino­s muito desejados no verão por combinarem atmosfera de vila de pescador, praias desertas e cantos glamouroso­s

- ROBERTO DE OLIVEIRA

E SÃO MIGUEL DOS MILAGRES (AL)

O padroeiro é o mesmo: São Miguel, que empresta seu nome a mais de 20 cidades espalhadas pelo Brasil. Mais que a devoção católica, o que une estes dois municípios do Nordeste do país é a combinação de clima de vilarejo de pescadores e praias quase sempre desertas e servidas por águas tranquilas, ótimas para velejar, mergulhar ou simplesmen­te relaxar no verão que vem aí.

Em Alagoas fica São Miguel dos Milagres, um pequeno município, com cerca de 8.000 habitantes, ao norte da capital do Estado, Maceió, da qual dista, de carro, cerca de duas horas num trajeto cheio de belezas. Está situado na Rota Ecológica, trecho do litoral alagoano entre Barra do Camaragibe e Porto de Pedras. Não seria exagero dizer que ali há um paraíso de arei- as vazias até mesmo na alta temporada, com pousadas de luxo que recebem pouquíssim­os hóspedes.

Por toda a orla, assim que a maré começa a encher, vão se formando piscinas naturais de águas de coloração caribenha e temperatur­a brasileira, onde é possível relaxar em meio a peixes e corais.

A praia é sombreada por extensos jardins de coqueirais. O verde intenso da folhagem se harmoniza com o branco da areia e com uma paleta de cores que passeia entre o anil e o tom esmeralda do mar, que chega a recuar cerca de dois quilômetro­s.

A brisa é constante, mas, mesmo assim, a canga consegue ficar esticada na areia.

São Miguel dos Milagres é um território bem mais tranquilo que o de sua “irmã” potiguar, São Miguel do Gostoso. Nesta, embora também impere a tríade sol, areia e mar, o movimento é mais intenso: casais e famílias dis- putam vagas em suas charmosas pousadas à beira-mar.

Na chamada esquina do Brasil, no Rio Grande do Norte, a cidade tem 9.606 moradores, mas essa população, a cada temporada, só faz crescer, inflada tanto por brasileiro­s como por estrangeir­os.

É uma área procurada sobretudo por adeptos de esportes náuticos e por uma gente que gosta de terminar a noite em cafés, bares e restaurant­es modernos.

Para os adeptos do windsurfe e do kitesurfe, os ventos fortes são uma dádiva. Para quem curte se esticar na areia, nem tanto. É por isso que dá para dizer que São Miguel do Gostoso é uma praia mais indicada àqueles que gostam do clima praiano, mas que não fazem questão de se instalar numa cadeira sob um guarda-sol.

As opções em terra acabam sendo o ponto de encontro dos viajantes.

Para alcançar São Miguel de Gostoso, o visitante vai levar 90 minutos da capital potiguar, Natal, rumo ao norte do Estado, chegando bem pertinho do quilômetro zero da BR-101, uma das mais extensas rodovias brasileira­s, que liga o Rio Grande do Norte ao seu homônimo do Sul.

Na beira da praia, estendese um mar mais escuro, de águas agitadas, colorido aqui e acolá por pipas de kitesurfe, pilotadas por grupos formados majoritari­amente por europeus, que descobrira­m que o local é ideal para a prática desse esporte.

Por isso mesmo, diferente-

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