Atuação de companhias menores em leilão do pré-sal é incógnita
O comportamento de empresas menores que foram habilitadas a dar lances nos leilões de campos do pré-sal que acontecem nesta sextafeira (27) é uma das incógnitas das rodadas, segundo analistas desse mercado.
Entre as menores inscritas estão a colombiana Ecopetrol e a OP Energia, de Rodolfo Landim, ex-executivo de Petrobras e do grupo de Eike Batista, em sua fase inicial.
Para se habilitar, entretanto, as empresas tiveram de comprovar que atendem a vários requisitos, de porte do balanço a equipe com expertise.
O período de exploração, em que a companhia perfura para descobrir o potencial real de cada área, é custoso e de alto risco, o que dificulta a atração de investidores, lembra Octavio Fragata, sócio do Tozzini Freire Advogados.
“Veremos como se apresentarão, se será em consórcio.” Para novatas nos leilões, porém, o simples fato de se apresentar ao mercado, estando habilitadas a dar lances, já é um passo importante, diz um executivo do setor.
A regra é a da partilha: as empresas pagarão um bônus fixo de R$ 7,75 bilhões na soma por todos os oito campos, e quem se dispuser a entregar o maior volume de petróleo ao governo ganha.
É um jogo para operador grande, com campos enormes, e a tecnologia para produzir talvez ainda nem exista, diz Manuel Fernandes, sócio de óleo e gás da KPMG.
“São áreas em um polígono que comprovadamente tem bastante óleo. As gigantes não vieram para olhar.”
O comportamento da Petrobras é outra atração das rodadas: a estatal pode exercer um direito de preferência após a abertura das propostas e levar um campo. Pela primeira vez, ela não será a operadora única do pré-sal.