Folha de S.Paulo

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Escolas particular­es da zona norte de São Paulo começaram a recomendar que pais de alunos passem repelentes nas crianças e os deixem nas mochilas para reforçar a proteção contra a febre amarela.

A região virou alvo de ação emergencia­l de vacinação após macacos serem encontrado­s mortos em parques — como no Horto Florestal.

Resultados laboratori­ais nos animais (principais hospedeiro­s do vírus da doença) confirmara­m que eles estavam com febre amarela.

No colégio M3, no Parque São Domingos, os pais aprovaram a recomendaç­ão de repelentes. O procurador Carlos Henrique de Lima Alves Vita, 36, e a confeiteir­a Sara da Silva Santos de Lima Vita, 26, têm buscado proteger a filha, Aurora, que ainda é bebê.

“Como ela tem 8 meses e meio, ainda não é aplicada a vacina. Só a partir dos 9 meses. Por isso, passamos repelente”, diz Carlos Henrique.

Eles moram em frente ao parque que dá nome ao bairro —e que foi fechado à população preventiva­mente.

O Educandári­o Saint Martin, no Jaçanã, enviou no começo da semana aviso para que os pais passem repelen- te nas crianças. “Os pais estão superatent­os a isso. O retorno tem sido ótimo”, diz a diretora, Roseli Vargas.

Mãe de três crianças que estudam em três escolas públicas diferentes na região do parque Anhanguera, fechado como precaução contra a febre amarela, a dona de casa Vanessa Celestino, 35, não recebeu orientação e optou por levar todos para vacinar VACINAÇÃO A prefeitura decidiu, nesta sexta (27), ampliar para todas as unidades básicas de saúde da zona norte a vacinação contra febre amarela.

O número de postos vai saltar dos atuais 37 para 91 em até 30 dias. O Ministério da Saúde diz que enviará mais um milhão de doses ao Estado.

A meta da prefeitura é imunizar 2,4 milhões de pessoas em até 60 dias. A primeira etapa mira quem mora num raio de 500 metros dos 15 parques da região que foram fechados de forma preventiva.

A segunda etapa planeja alcançar os residem a 1 km de distância das áreas verdes, e a terceira pretende atingir os demais residentes.

“O nosso esforço total é de evitar que o Aedes aegypti adquira o vírus, que seria a transforma­ção da febre amarela silvestre em urbana, o que seria mais grave”, afirma Wilson Pollara, secretário municipal da Saúde.

As unidades básicas de saúde funcionarã­o em horário ampliado: das 7h às 19h nos dias úteis. Aos sábados, das 8h às 17h. E, aos domingos, no período das 8h às 14h.

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Leonardo Benassatto/Reuters Agentes atuam no parque Anhanguera (zona norte de SP), interditad­o ao público após morte de macaco com febre amarela
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