Folha de S.Paulo

Resposta rápida pode prevenir surto de febre amarela

-

ATUALMENTE É bem difícil que a febre amarela silvestre, possível causa da morte de macaco encontrado morto no Horto Florestal, modifique para a urbana e promova um surto da virose em São Paulo.

A rápida mobilizaçã­o para a aplicação da vacina contra a doença na população da zona norte da cidade evitará a disseminaç­ão do vírus.

Há 37 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) disponívei­s no momento na região. E o número de postos destinados a atender a população de 2 milhões de pessoas deve passar para 91 nos próximos 30 dias. Uma única aplicação da vacina é suficiente para proteção contra a virose.

A vacina contra a febre amarela começou a ser aplicada em 1937, há 80 anos, e confere proteção permanente acima de 99%, segundo especialis­tas. Gestantes e pessoas imunodepri­midas entretanto, devem evitar a injeção.

O médico Marco Antônio Barreto de Almeida e colaborado­res da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul analisam na revista “American Journal of Primatolog­y” surto de febre amarela atingindo uma população de macacos, de outubro de 2008 a junho de 2009 no Sul do país.

Referem que mesmo com mínima exposição, os macacos podem sofrer infecções fatais pelo vírus da febre amarela. Por isso eles são importante ferramenta para detectar presença do vírus, permitindo tempo útil para as medidas necessária­s à vacinação da população local.

No surto do RS foram encontrado­s 2.013 macacos mortos. De 297 examinados, em 204 (69%) a presença do vírus foi confirmada. Na região, houve 21 casos humanos.

Costumo morder muito a minha bochecha e às vezes tirar pelinhas dos lábios. Posso desenvolve­r câncer ou algum problema por isso?

Morder a bochecha e arrancar pelinhas da boca pode estar associado à ansiedade, ao estresse ou até mesmo hábitos que passam quase despercebi­dos no dia a dia. Segundo Cintia Ribeiro, conselheir­a do Crosp (Conselho Regional de Odontologi­a de São Paulo), a sensível mucosa é uma proteção natural. A persistênc­ia de uma ferida na região pode gerar problemas mais graves, como uma fibrose e até mesmo pequenos tumores. Em casos de pessoas fumantes ouqueconsu­mambebidas alcoólicas com muita frequência, o risco de um problema mais grave aumenta. “Em casos de nervosismo, é melhor se controlar um pouquinho, senão a pessoa vai ter dois problemas: o estresse e a ferida na boca”, brinca Ribeiro. A especialis­ta afirma que é necessário ter atenção a feridas que persistam por mais de dez dias ou que possuam uma coloração que não é comum na boca. Nesses casos é importante procurar um dentista.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil