Cabeça”, afirma.
ser reconhecida ou saber que está fazendo a diferença na vida de uma criança, isso não tem preço”, afirma.
A paulista hoje é a melhor tenista em simples do país, entre homens e mulheres, o que aumenta a visibilidade dos seus feitos. Mesmo assim, para ela a cultura do esporte no Brasil ainda está voltada para o circuito masculino.
“Este ano eu apareci bastante pelos meus resultados, mas meus jogos mais importantes não foram televisionados. Talvez isso pudesse fazer a diferença”, diz.
Um dos seus sonhos é mudar essa mentalidade a longo prazo. “Quem sabe as coisas possam melhorar se eu conseguir chegar mais ao topo e criar mais oportunidades para brasileiro ver tênis feminino? A TV abre muito a TEMPORADA-2018 A tenista iniciará a preparação para a próxima temporada na segunda (6), no Rio. No fim do ano, embarcará para a Austrália, onde jogará os primeiros torneios da temporada. Para continuar a escalada na carreira, ela aposta na capacidade de se adequar a superfícies diferentes.
“No saibro consigo ser mais sólida, ter mais tempo para montar meu jogo, estou mais acostumada. Na grama, eu saco bem, sou grande, então dá para eu me adaptar”, afirma a atleta de 1,85 m.
Ao lado do técnico argentino German Gaich, ela trabalha para ter mais equilíbrio e cautela quando necessário, mas sem perder sua principal característica. “Meu jogo com certeza é buscar a agressividade. É desse jeito que eu quero chegar ao topo”, diz.
Outra adaptação que Bia se vê obrigada a fazer no dia a dia é comportamental. Ela, que admite “falar demais” e encontra no circuito um ambiente mais sisudo.
“As meninas não são muito de fazer amizade. Acho que algumas fazem isso para se proteger, estão mais concentradas. Mas você está o ano inteiro com elas, então não custa dar um bom dia, um sorriso, independentemente da profissão, do ranking. Isso é ser humano”, afirma.