Consórcio e ‘Times’ focam investigação em Putin, de novo
No consórcio americano que centralizou a investigação jornalística global, ICIJ, e depois no “New York Times”, o destaque dos recém-lançados Paradise Papers foi para o russo Vladimir Putin.
Na descrição do próprio ICIJ, tratou-se da “participação do secretário de Comércio [de Trump] numa empresa de frete marítimo que lucra milhões de uma empresa de energia cujos proprietários incluem genro de Putin”. No título simplificado do “NYT”, “Secretário de Comércio tem laços lucrativos com íntimos de Putin”.
No segundo destaque do “NYT”, “Dinheiro do Kremlin está por trás de investimentos de bilionário em tecnologia” nos Estados Unidos, inclusive Facebook.
Um ano e meio atrás, o destaque dos mesmos ICIJ e “NYT”, no lançamento dos chamados Panama Papers, investigação semelhante, também era para Putin. Tratava-se então de “indivíduos com laços com Putin” que “desviaram bilhões através de empresas obscuras”.
Trump & Putin Também no domingo, a rede americana NBC noticiou que o procurador que investiga os laços entre a campanha de Trump e a Rússia já “tem provas o bastante para apresentar acusação contra Michel Flynn”, ex-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca. Enquanto isso, iniciando a sua turnê pela Ásia, Trump respondeu aos jornalistas ainda no avião, segundo o “Wall Street Journal”: “Espera-se um encontro com Putin, sim”. Será no Vietnã.
Guerra comercial, não O “South China Morning Post” e o “NYT” enfatizaram que para a viagem à Ásia, inclusive Pequim, Trump preferiu deixar em Washington seu diretor do Conselho de Comércio, Peter Navarro, “crítico feroz da China”. Steve Bannon, ex-estrategista de Trump e defensor aberto de uma “guerra comercial” dos EUA contra a China, pressionou para que Navarro embarcasse, sem sucesso. Trump deve se concentrar em questões de segurança, como a Coreia do Norte.
O príncipe A sequência de notícias geradas pelo “príncipe herdeiro” da Arábia Saudita confundiu a cobertura ocidental no final de semana —da bem-sucedida pressão pela renúncia do primeiro-ministro do Líbano à suposta derrubada de um míssil iemenita que visava a capital saudita, Riad. Mas foi a prisão de onze outros “príncipes” que mais desorientou os aliados. O “Financial Times” chegou a dar na manchete que foi um “expurgo por corrupção”, mas no fim do dia admitiu, com “NYT” e outros, que foi um “expurgo de rivais”, por poder.
O acionista Entre os “príncipes” presos no hotel Ritz Carlton está “um dos homens mais ricos do mundo, grande acionista de empresas americanas” como Citibank, Apple, Fox e Twitter, registraram “NYT” e “Washington Post”.