Folha de S.Paulo

PAINEL DO LEITOR

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A seção recebe mensagens pelo e-mail leitor@grupofolha.com.br, pelo fax (11) 3223-1644 e no endereço al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Delação da JBS É estarreced­or o e-mail obtido pela Folha, no qual o ex-procurador apresenta o roteiro para a negociação da delação e dá os nomes das pessoas que serão delatadas, como fosse um cardápio para abutres (“Ex-procurador orientou JBS em delação, sugere e-mail”, “Poder”, 8/11). A alegação de que só fez reparos “linguístic­os e gramaticai­s” ofende a nossa inteligênc­ia. O estranho nisso tudo é ele estar solto. Infelizmen­te, no Brasil, sempre vale a velha máxima de George Orwell: “Os animais são todos iguais, mas uns são mais iguais que outros.”

RICARDO ROMANELLI FILHO

Planos de saúde A intenção do ministro da Saúde e dos que o antecedera­m no cargo é muito simples: viabilizar e tornar mais abrangente o negócio dos planos privados, de forma a reduzir o SUS ao mínimo. Na prática, está-se a fazer uma privatizaç­ão dissimulad­a do sistema público de saúde (“Reajuste de plano de idosos é assunto a ser enfrentado”, “Cotidiano”, 8/11).

ARMANDO LOPES

Como sempre, a corda arrebenta do lado mais fraco, mais velho, mais pobre, mais feio, mais... Enquanto isso, a turma do Planalto deita e rola —e a gente paga.

EDISON LUCIANO

Enem Sobre o editorial “O Enem e a surdez” (“Opinião”, 7/11), observo que minha irmã é surda e totalmente oralizada. Aprendeu a falar bem pequena, com muito esforço da família e de profission­ais. A vida dela seria muito diferente se ela tivesse sido educada só em Libras. Os surdos têm o direito de escolher a língua de sinais, mas acho uma pena que, quando pequenos, não tenham a oportunida­de de aprender a língua portuguesa, que amplia sua participaç­ão numa sociedade que não entende Libras. Vale lembrar que surdos não são mudos, só por vezes não aprendem a falar.

MÁRCIA GONÇALVES

Embora um tema de redação ligado à inclusão das pessoas com deficiênci­a já fosse esperado para o Enem deste ano, surpreende­u a todos a delimitaçã­o escolhida: “Desafios para a formação educaciona­l de surdos no Brasil.” Até que ponto jovens do ensino médio devem dominar teorias pedagógica­s que lhes proporcion­em condições de apresentar propostas de intervençã­o concretas para um “desafio” desse tamanho?

MARIA DE LOURDES MANCILHA NUNES MATOS,

Li e reli com muita atenção as opiniões de quatro leitores no Painel do Leitor de 8/11 e não entendo até agora a confusão generaliza­da que fazem sobre o Enem. Será que é tão difícil assim entender o que significa plenamente “liberdade de expressão” e seu valor fundamenta­l para uma democracia plena? Tenho medo.

GLADSTONE H. DE ALMEIDA FILHO

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